segunda-feira, 25 de maio de 2020

O que o PT fez por Campina: a transposição do Rio São Francisco


Em pleno século XXI, o Nordeste viveu a pior seca da história. Foram 7 anos de estiagem que castigaram duramente a região a partir de 2012. Mas, ao contrário do que acontecia antes, não se viu a fome se disseminando como um vírus, nem hordas de retirantes estropiados pelas estradas, nem saques em feiras e mercados, nem paus-de-arara rumando para o "Sul maravilha", nem homens e mulheres sendo espoliados em frentes de trabalho. Isso porque Lula e Dilma fizeram mais pelo Nordeste do que as elites que governaram o país por 500 anos.

Não houve fome e saques porque o povo pobre tinha o Bolsa Família, os agricultores e agricultoras familiares tinham programas de compra governamental de seus produtos, como o PPA e o PNAE, tinham um seguro-safra específico criado em 2004, tinham terra, assistência técnica e segurança produtiva como nunca antes na história desse país. Não houve fome, afinal, porque as políticas públicas inclusivas dos governos Lula e Dilma retiraram o país do mapa da fome da ONU em 2014 (veja aqui), o que infelizmente mudou depois do golpe de 2016 (leia aqui).

Não houve frentes de trabalho porque havia emprego e renda. Em 2002, apenas cinco milhões de nordestinos tinham emprego formal, enquanto em 2013 eram quase nove milhões. Em dez anos de governos petistas (2003-2013), o Nordeste teve índice de crescimento de 4,1% ao ano, enquanto o país ficou na marca de 3,3%, de acordo com o Banco Central. Só no ano de 2012, no inicio da grande seca, a economia local cresceu o triplo da brasileira.  

Não houve retirantes e paus-de-arara porque se, em 2002, quando o presidente Lula foi eleito, havia mais de 21,4 milhões de nordestinos que viviam em situação de pobreza, em 2012 esse número caiu para 9,6 milhões, segundo estudo da Fundação Perseu Abramo, com base em dados do IBGE. As crianças pobres da zona rural estavam em escolas e a elas chegavam em ônibus novinhos em folha (foram 20 mil adquiridos nos governos Lula e Dilma). Os filhos mais velhos puderam frequentar um curso superior nas centenas de campi de universidades e institutos federais implantados na região ou se beneficiando do PROUNI ou do FIES sem fiador, o que levou o número de universitários nordestinos a saltar de 413.709 em 2000 para 1.434.825 em 2012, segundo o INEP. Então, porque se retirar?

Não houve sede porque Lula e Dilma instalaram 1,2 milhão de cisternas para consumo humano pelo Programa Água para Todos, garantindo água a 22 milhões de sertanejos. Além da sede, os moradores da zona rural também se libertaram da escuridão e os candeeiros viraram peças de museu, pois o Programa Luz para Todos garantiu gratuitamente a energia elétrica a mais de 1,5 milhão de famílias nordestinas, beneficiando cerca de 7,5 milhões de pessoas até 2015.

E aí, chegamos a Campina Grande, principal polo regional do semiárido brasileiro, encravado no coração do Nordeste. Com mais de 400 mil habitantes, a cidade estava prestes a entrar em colapso hídrico com as reservas do Açude de Boqueirão atingindo, no início de 2017, a sua menor cota desde a inauguração, 3,18%. Campina bebia água do volume morto.

Mas essa situação durou pouco, pois a Transposição do Rio São Francisco foi logo inaugurada, primeiro numa solenidade oficial mixuruca e vazia, feita pelo golpista Temer. Depois, por Lula e Dilma, que fizeram a "inauguração popular" da obra em 19/03/2017, dia de São José, reunindo uma multidão de pessoas em Monteiro, Cariri paraibano, onde as águas do Velho Chico alcançam o Rio Paraíba. Foi uma das maiores concentrações populares realizadas no interior do Nordeste em todos os tempos.

Não era para menos. Obra planejada, mas nunca executada, desde a época do Brasil Império, prometida até pelos governos dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso e considerada "inviável técnica e financeiramente" pelo tucano Cássio Cunha Lima quando presidia a SUDENE, a Transposição do Rio São Francisco saiu do papel nos governos Lula e Dilma. garantindo o abastecimento d'água a 12 milhões de habitantes que vivem em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A Transposição do Rio São Francisco salvou Campina Grande do colapso hídrico. E o povo sabe disso.

domingo, 24 de maio de 2020

Avante, companheiras e companheiros

Há anos defendo a candidatura própria do PT à prefeitura de Campina Grande. Primeiro, porque penso que partido político existe para disputar eleição. Segundo, porque a última vez que o PT concorreu à majoritária na cidade foi em 2004, quando Cozete Barbosa tentou a reeleição. Terceiro, e mais importante do que tudo, porque a militância petista do município anseia muito por isso.

Por estas e outras razões expressas em tese que encaminhamos ao partido, coloquei o meu nome à disposição do PT para a candidatura a prefeito de Campina Grande nas próximas eleições.

Neste sábado, 23/05, tive a honra e a alegria de receber o apoio da militância petista por meio de um manifesto (leia abaixo) assinado por dirigentes partidários, sindicalistas, líderes comunitários, professores, estudantes, servidores públicos, profissionais liberais, microempresários, artistas, intelectuais, trabalhadoras e trabalhadores. 

Meu muito obrigado a cada companheira e companheiro que subscreveu o manifesto e ao Coletivo Sem Medo de Ser Feliz, que construiu a iniciativa. O apoio de vocês me inspira a seguir na luta com ânimo, disposição e esperança.

Avante, companheiras e companheiros!!


MANIFESTO DE APOIO À CANDIDATURA DO PROFESSOR MÁRCIO CANIELLO A PREFEITO DE CAMPINA GRANDE

O Brasil passa por um momento de graves retrocessos. As forças políticas reacionárias, antidemocráticas e antipovo – apoiadas por uma mídia corporativa alinhada exclusivamente aos interesses do capital e setores espúrios do Judiciário movidos pelo lawfare – deram um golpe parlamentar na presidenta Dilma Rousseff e perseguiram, condenaram sem provas e prenderam ilegalmente o presidente Lula. Tudo isso porque essas elites que governaram o país por 500 anos e nada fizeram para resolver os seus graves problemas sociais não aceitavam ser mais uma vez derrotadas nas urnas pelo povo emancipado pelas políticas públicas inclusivas dos governos Lula e Dilma, que promoveram um notável desenvolvimento econômico e social no país e uma sensível melhoria de vida do nosso povo, especialmente os mais pobres, por meio da implementação do SOCIALISMO DEMOCRÁTICO no Brasil, nossa causa e nossa luta. 

À revelia da vontade do povo, um selvagem processo de regressão conservadora e imposição do neoliberalismo foi iniciado pelo governo golpista de Temer e continuado com a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, o fascista que hoje ocupa a presidência da República e segue impondo um projeto de destruição nacional e ataques aos direitos do povo brasileiro. Infelizmente, a pandemia do Covid-19, que já ceifou mais de 20 mil vidas no país e continua matando centenas de brasileiros e brasileiras diariamente, veio a confirmar, tragicamente, que Bolsonaro não tem condições intelectuais, morais, programáticas e políticas para exercer o cargo de presidente da República. Porém, muito pior seriam os efeitos da pandemia não fossem as UPAs, o SAMU e 63% dos leitos do SUS hoje existentes, tudo criado pelos governos Lula e Dilma, como o Programa Mais Médicos, cujos profissionais poderiam estar ao lado do povo brasileiro na linha de frente dessa guerra, mas que foi extinto por esse governo sanguinário, vergonhoso e desprezível. 

No município de Campina Grande, a realidade não é muito diferente. A gestão do bolsonarista Romero Rodrigues – marcada por escândalos de corrupção, carente de um projeto de cidade e inerte face à pandemia – é um verdadeiro descalabro, que se reflete em retrocessos econômicos e sociais, numa péssima prestação de serviços públicos de saúde, educação, segurança e outros setores, pelo nepotismo, empreguismo e clientelismo na administração municipal, por atrasos nos salários dos servidores e colaboradores da PMCG. 

Nas eleições de 2020 queremos apresentar um projeto que mobilize e encante os setores populares e progressistas da nossa cidade e mostre que é possível construir dias melhores. Um projeto fundamentado no MODO PETISTA DE GOVERNAR, edificado, testado e consolidado por 2.254 gestões municipais petistas conquistadas nas urnas em 40 anos de história de lutas do nosso partido. Queremos também DEFENDER O LEGADO DO PT – tão difamado pela mídia corporativa, partidarizada e tendenciosa que domina os meios de comunicação no Brasil e em Campina Grande – dialogando diretamente com o povo campinense e enfrentando, no debate, os adversários do PROJETO SOCIALISTA DEMOCRÁTICO.

Por isso, convidamos os partidos do campo democrático-popular a cerrarem fileiras conosco nessa luta e conclamamos a militância e dirigentes municipais do PT de Campina Grande a seguirmos as Resoluções do 7º Congresso Nacional do PT e da Comissão Executiva Nacional (de 07/02/2020) que determinam, textualmente: “O PT deve ser protagonista nas eleições municipais de 2020, lançando candidaturas próprias onde for possível, especialmente naqueles municípios com eleições em dois turnos e os que têm emissoras de rádio e TV geradoras de programas do horário eleitoral, para recuperar e ampliar nossa presença nos governos municipais em todos os estados e regiões e consolidar a força política e social que o PT construiu no Nordeste”.

POR UM PT PROTAGONISTA EM CAMPINA GRANDE, PROFESSOR MÁRCIO CANIELLO CANDIDATO A PREFEITO!!

FORA BOLSONARO!!
Campina Grande, 23 de maio de 2020.

  1. Terezinha Cavalcante – professora, ex-sindicalista, ex-presidenta do PT/CG, dirigente estadual
  2. Sérgio Bandeira – secretário de organização do PT/CG, dirigente estadual
  3. Amanda Cristiane Gonçalves Fernandes – secretária de movimentos populares do PT/CG
  4. Pedro Netho – estudante de Ciências Sociais da UFCG, secretário de direitos humanos do PT/CG, Juventude do PT
  5. Marli Melo do Nascimento – metalúrgica, secretária de mulheres da CNM, dirigente do PT/CG
  6. Mário Victor Beserra Vasconcelos – servidor da UFCG, presidente do SINTESUFCG, dirigente PT/CG
  7. Marco Aurélio Feitosa – funcionário da EMBRAPA, dirigente do SINPAF, dirigente do PT/CG
  8. Lindalva Farias da Silva – servidora UFCG, dirigente SINTESUFCG, dirigente Executiva PT/CG
  9. Valdez Belarmino da Silva – diretor do Sindicato dos Vigilantes de C. Grande, dirigente do PT/CG
  10. Jackson da Cunha Silva – advogado, dirigente do PT/CG
  11. Marcos Henriques e Silva – vereador PT de João Pessoa, ex-presidente do Sind. dos Bancários PB
  12. Sandra Marrocos – vereadora PT de João Pessoa
  13. Jackson Macêdo – presidente estadual do PT
  14. Edvan Silva – vice-presidente estadual do PT
  15. Lígia Pedroza – secretária estadual de finanças e planejamento do PT
  16. Cély Andrade – secretária estadual de mobilização do PT, Coletivo Nacional de Mulheres
  17. Danúbia Kelly Melo Dantas – secretária estadual de comunicação do PT
  18. Charliton Machado – ex-presidente estadual do PT
  19. Anselmo Castilho – ex-presidente do PT/JP, coordenador da Campanha Lula Presidente 2006
  20. Almir Nóbrega da Silva – dirigente estadual do PT
  21. Robson Araújo – dirigente estadual do PT
  22. Itamara Francisco – dirigente estadual do PT
  23. Nina Toralles Caniello – veterinária, tesoureira do CRMV-PB, dirigente estadual do PT
  24. Carlos Antonio Soares de Andrade – professor da UFCG, ex-presidente ADUFCG, dirigente do PT/CG
  25. Maria do Socorro Correia da Silva – aposentada, ex-diretora do SINTAB, dirigente do PT/CG
  26. Robson Márcio Brandão da Silva – Via Trabalho, dirigente do PT/CG
  27. Maria Dolores Melo do Nascimento – assistente social, servidora da PMCG, dirigente do PT/CG
  28. Lúcio Flávio Moreira Cavalcanti – professor da rede pública, dirigente do PT/CG
  29. Virgínia Silva Passos – ativista cultural, dirigente do PT/CG
  30. Josimar Ferreira Costa – professor da rede pública, dirigente do PT/CG
  31. Zenize Cavalcanti Meira – dirigente do PT/CG
  32. Luciana Ramos Cantalice – turismóloga, dirigente do PT/CG
  33. Victor Serafim de Sousa – aposentado, ex-dirigente do PT/CG
  34. Edilza Vidal de Oliveira – professora da rede pública, ex-dirigente do PT/CG
  35. Maria Iraci da Silva Nunes – professora da rede pública, ex-dirigente do PT/CG
  36. Ricardo Vieira Pordeus – ex-dirigente do SINTTEL, ex-dirigente do PT/CG
  37. Maria de Lourdes Souza Pordeus – ex-dirigente do PT/CG
  38. Alan de Lima Gomes – estudante de Direito da UEPB, Juventude do PT
  39. Éder Dantas – professor da UFPB, 1º vice-presidente do PT/JP
  40. Fernando José de Paula Cunha – professor da UFPB, presidente da ADUFPB, 2º vice-presidente do PT/JP
  41. Sandro Gomes – secretário de assuntos institucionais e coordenador GTE do PT/JP
  42. Geisa Dias Wanderley – secretária de movimentos populares do PT/JP
  43. Édson Franco – professor da UFPB, dirigente do PT/JP
  44. Fabiana de Araújo Silveira – oficiala de Justiça, membro da comissão de ética do PT/CG
  45. Archidy Trigueiro Britto Lyra de Noronha Picado – físico, membro da comissão de ética do PT/CG
  46. Vitoria Lucia Pereira do Nascimento – membro da comissão de ética do PT/CG
  47. Cristóvam Ribeiro Quintino – servidor público estadual, membro da comissão de ética do PT/CG
  48. Emerson Serrano Lins de Sá (Tenebra) – ativista cultural, membro do conselho fiscal do PT/CG
  49. Suzana Ramos Cantalice – comerciante, membro do conselho fiscal do PT/CG
  50. Veruska do Nascimento Simões – engenheira química, membro do conselho fiscal do PT/CG
  51. Weber Pires Carneiro – advogado, membro do conselho fiscal do PT/CG
  52. Keila Maria Pimentel Araújo – professora, dirigente da CUT/PB
  53. Edílson Ramos da Silva – presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campina Grande
  54. Joaquina de Araújo Amorim – odontóloga, diretora do SINDODONTO/PB
  55. Paulo Roberto Lima Sales – presidente da SAB de Santa Rosa
  56. João Sinésio Dantas – presidente da SAB do Cruzeiro
  57. Rivaldo Mendes Ribeiro – presidente da SAB do Araxá
  58. Jandira Rodrigues de Lima – ex-presidente do SINTAB
  59. Ornilo Vieira de Andrade – aposentado, ex-presidente da SAB de Santa Rosa
  60. Carlos Minor Tomiyoshi – professor da UFCG, ex-presidente da Fundação PaqTc-PB
  61. Francisco de Assis Moreira – servidor da UFCG, vice-presidente do SINTESUFCG
  62. Maria Aparecida Pinto – professora, poetisa
  63. Adonhiran Ribeiro dos Santos – professor da UEPB, ativista cultural
  64. Nilda Câmara Araújo – professora da UFCG
  65. Antonio Ronaldo Pereira da Silva – jornalista
  66. Matusalém Alves Oliveira – professor da UEPB
  67. Renato Castor de Lima – microempresário
  68. Sandro Marcelino Patrício – funcionário da CAGEPA
  69. Abraão Leite da Silva – professor
  70. Victor Emanoel Farias da Silva Wanderley – estudante, ativista cultural, Juventude do PT
  71. Waltemilton Vieira Cartaxo – funcionário da EMBRAPA
  72. Ricardo Castro de Almeida – engenheiro civil
  73. Maria de Lourdes Pereira – secretária do SINTESUFCG
  74. Elza Francisca de Souza Albuquerque – professora da UEPB
  75. Kelly Renata Farias Santos – assistente social
  76. José Justino Filho – professor da UFCG
  77. Norma Maria Silva de Oliveira – química, técnica em laboratório da UFCG
  78. Maria do Socorro Batista de Lima – servidora da UFCG
  79. Antônio Carlos da Silva – microempresário
  80. Paulo Roberto da Silva – colaborador terceirizado da UFCG
  81. Daniel Paulino da Silva – trabalhador do setor de serviços
  82. Anatildes de Araújo Andrade
  83. Carlos de Oliveira Sales – servidor do HUAC
  84. Mário Gomes da Silva
  85. Agna Frassinete de Souza Nunes – professora, gestora escolar
  86. Jose Hélio da Silva Nunes
  87. Maria de Fátima de Araújo Silveira – enfermeira, professora da UEPB
  88. Cassandra Véras – professora
  89. Cecilia Maria de Oliveira Meira
  90. Elvira Leite Ribeiro
  91. João da Costa Lima – servidor técnico-administrativo da UFCG
  92. Severino Ramos Simões – servidor técnico-administrativo da UFCG
  93. Adeluska do Nascimento Simões – engenheira de materiais
  94. Bruno Cantalice Caniello – arquiteto, Juventude do PT
  95. Simone Nascimento Barbosa – técnica em reciclagem, ex-líder comunitária
  96. Edno Gleyson Silva Lima
  97. Maria Adriana Correia da Luz
  98. Selma Bezerra do Nascimento
  99. Maria José de Souza
  100. Maria Elane Santana
  101. Maria do Socorro dos Santos Medeiros
  102. Sebastião Bezerra de Sousa – licenciado em História
  103. Luciana Bezerra de Sousa – auxiliar de odontologia, servidora pública municipal
  104. Lara Nadezhda Souza Pordeus de Oliveira – odontóloga
  105. Laila Pordeus de Oliveira – estudante
  106. Victor Vinicius Santos Vasconcelos – estudante de Administração da UFCG
  107. Felipe Duarte Lima – estudante de Ciências Sociais da UFCG
  108. Natália Batista Luna – estudante da UFCG
  109. Sandro Sousa Bandeira
  110. Sávio José Sousa Bandeira
  111. Sueliton Sousa Bandeira
  112. Antonio Valério Correia da Silva
  113. José Ricardo Correia da Silva
  114. Anderson de Sousa Tavares – estudante da UEPB
  115. William Trigueiro da Silva
  116. Maria do Socorro Silva
  117. Regina Celi
  118. Rozineide Jerônimo da Costa
  119. José Nivaldo da Silva
  120. Julio Cezar de Medeiros Marques
  121. Aristóteles Pereira da Silva
  122. José Gomes de Melo (Zumba) – trabalhador em educação da rede pública de ensino
  123. Elvia Lane Araujo do Nascimento – professora da UFCG, dirigente do PT/CG
  124. Edmundo Antônio Cabral Chaves Filho – advogado, dirigente do PT/CG
  125. Rony Willams Frutuoso de Souza – estudante de Doutorado da UFCG
  126. Rosana Fernandes de Oliveira Frutuoso – estudante de Doutorado da UFCG
  127. Carlos Antonio Vicente da Silva – presidente do PT de Puxinanã
  128. Manoel Augusto Dantas – presidente do PT de Itatuba
  129. Edmilson da Silva Pequeno – presidente do PT de Sapé
  130. Edivaldo Miguel Alves – secretário de finanças e planejamento do PT de Sapé
  131. João Andrei Dantas – presidente do PT de Fagundes
  132. Maria Rodrigues da Silva  presidenta do PT de Alagoa Nova
  133. Ana Luíza Araújo Costa  militante do PT de Boa Vista
  134. Cleanto Beltrão de Farias – professor da UFCG, presidente do PT de Cajazeiras
  135. Joaquim Alves Farias Neto (Professor Kim) – pré-candidato do PT a prefeito de Cajazeiras
  136. Professora Betinha, diretora regional do SINTEP/Cajazeiras, integrante do Centro de Defesa da Mulher Márcia Barbosa, pré-candidata do PT a vereadora de Cajazeiras
  137. Teresinha de Jesus de Souza Dantas – presidenta municipal do PT e pré-candidata a prefeita de Queimadas
  138. Sérgio Cobel da Silva, funcionário da EMBRAPA
  139. Francisco Ferreira de Sousa (Chico Ferreira) – vice-presidente do PT de Cajazeiras
  140. Rigonaldo Pereira de Oliveira – secretário de formação política do PT de Cajazeiras
  141. Janio de Sena Abdias – radialista, ex-dirigente do PT de Campina Grande
  142. Sheila Borges – produtora cultural, ex-dirigente do PT de Fagundes
  143. Paulo Roberto de Carvalho Cardozo Junior – jornalista
  144. Victor Miguel da Silva – militante LGBTQ+, pré-candidato a vereador do PT de Fagundes

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Censo Agropecuário 2017 comprova que as condições de vida no campo melhoraram muito nos governos do PT


Causou polêmica uma pesquisa nacional realizada em 2010, na qual foram entrevistadas mais de 10 mil famílias rurais em 17 estados brasileiros. Isso porque os resultados demonstraram claramente que a imensa maioria dos entrevistados avaliava que a sua vida havia melhorado muito entre 2003 e 2010. Para se ter uma ideia, 74% deles afirmaram que, naquele período, nenhum ou poucos membros da família haviam sido obrigados a deixar a propriedade em busca de trabalho para sobreviver, enquanto 60% deles afirmaram que a situação econômica, o estado nutricional e as condições de moradia da família haviam melhorado. O ceticismo foi grande, mesmo entre os próprios pesquisadores das 27 equipes envolvidas. Não para mim, que escrevi um artigo científico sustentando que os resultados da pesquisa apontavam que as políticas públicas do governo Lula haviam contribuído muito para a melhoria das condições de vida das famílias rurais brasileiras (leia aqui). Agora, os resultados do Censo Agropecuário de 2017, publicados recentemente pelo IBGE, confirmam a pesquisa nacional e a minha avaliação sobre ela. Senão, vejamos.

Em primeiro lugar, se verifica que o Programa Luz para Todos teve um forte impacto nas condições de vida no campo, pois o percentual de estabelecimentos agropecuários com energia elétrica no Brasil subiu de 69% em 2006 para 83% em 2017. Na Região Norte, a que mais evoluiu nesse quesito, o salto foi de 44% para 72%, enquanto no Nordeste foi de 63% para 79%. De fato, segundo a ANEEL (veja aqui), o Luz para Todos realizou 3.389.037 novas ligações elétricas no meio rural brasileiro, sendo 1.686.927 (49,8%) no Nordeste.




Foi também o Nordeste o principal beneficiário das políticas públicas de segurança hídrica empreendidas pelos governos do PT - como o Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC) - que elevaram o percentual de estabelecimentos agropecuários com recursos hídricos na região de míseros 41% em 2006 para 73% em 2017. Já no Semiárido, o aumento foi ainda mais significativo, variando de 40% a 76%. Segundo o IBGE, entre 2006 e 2017, 880 mil famílias rurais brasileiras passaram a dispor de água em suas propriedades, números talvez subestimados, já que segundo dados oficiais (veja aqui), até maio de 2017, só os programas de captação e armazenamento de água de chuva do governo federal haviam atendido 1,4 milhão de famílias com cisternas de 16 mil litros para consumo humano e 190 mil famílias com cisternas de 54 mil litros para produção de alimentos.




Outro indicador da melhoria das condições de vida no campo brasileiro trazido pelo Censo Agropecuário foi o extraordinário aumento do número de veículos nos estabelecimentos rurais. Em uma década foram adquiridos 409.189 novos tratores, 106.319 caminhões, 220.813 utilitários e 587.670 motos.



Nada disso valeria se as receitas dos estabelecimentos agropecuários não evoluíssem a contento, mas o que ocorreu foi justamente o contrário: houve um aumento significativo nesse indicador, já que o total de receitas cresceu de R$ 145 bilhões em 2006 para R$ 414 bilhões em 2017, o que representa um aumento de 53% em termos reais, já descontada a inflação.

Muito ainda tem que ser feito para que as condições de vida das famílias rurais atinjam um patamar de excelência no Brasil, mas os governos do PT contribuíram significativamente para a sua evolução.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Os Objetivos do Golpe de 2016 (II): acabar com a Reforma Agrária


     Fonte: elaboração própria, com dados do  INCRA, acesso em 14/11/2019.

O Brasil tem uma das maiores concentrações fundiárias do Mundo. Mais da metade dos estabelecimentos rurais no país – exatamente 2.620.718 – são pequenas propriedades que detêm apenas 2,28% das terras, enquanto pouco mais de 51 mil grandes proprietários (1% do total) são donos de 47,6% da área total, de acordo com o Censo Agropecuário de 2017. Além disso, o MST contabiliza 150 mil famílias acampadas esperando por reforma agrária no país. 

Essa estrutura desigual e perversa vem do Brasil Colonial, quando as “sesmarias” eram doadas pelo rei de Portugal a “grão-senhores”, homens ricos e com prestígio político, que iriam explorá-las valendo-se da mão de obra escrava. Daí a origem do latifúndio, do “coronel”, do mandonismo político, da exploração máxima do trabalho humano, da pobreza, fome e miséria de trabalhadores e trabalhadoras rurais, realidade persistente no espaço agrário brasileiro. 

Em quatro séculos e meio de história nada foi feito para mudar essa iniquidade, até o surgimento das Ligas Camponesas em 1955, cujas lutas levaram o presidente João Goulart a decretar a primeira desapropriação de áreas improdutivas para a reforma agrária no Brasil, em março de 1964. Quinze dias depois, ele seria deposto pelo golpe militar. A elite brasileira não perdoa. 

Mas, a bandeira da reforma agrária fora definitivamente cravada na pauta progressista nacional, a ponto de figurar como um Capítulo na Constituição de 1988. Desde então, a União vinha cumprindo, em menor ou maior grau, com a sua obrigação constitucional de realizar a reforma agrária no país, pois entre 1995 e 2015, o governo federal assentou uma média de 61 mil famílias/ano. 

Entretanto, o golpe de 2016 veio a interromper drasticamente esse processo. Temer extinguiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário e, segundo dados oficiais do INCRA, seu governo assentou apenas 2.891 famílias em 2016/2017 e não assentou uma sequer em 2018 (ver gráfico). 

Bolsonaro segue a escrita dos golpistas, até porque é um deles. No primeiro dia do seu governo, criou a Secretaria de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, que passou a controlar o INCRA, e nomeou Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR) para a pasta. Isto é, colocou a raposa para tomar conta do galinheiro. Desde então, o governo vem tudo fazendo para brecar a reforma agrária no país. Paralisa processos de desapropriação em curso, corta orçamento do INCRA, anuncia acordos para devolução de terras desapropriadas para antigos donos e, recentemente, demite toda a direção do INCRA, atendendo à pressão dos ruralistas. Enquanto isso, o filho “zero um” apresenta uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) flexibilizando a “função social da terra”, principal fundamento da reforma agrária. 

Não há como negar: um dos objetivos do golpe de 2016 foi acabar com a reforma agrária no Brasil e o governo Bolsonaro segue na mesma toada.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Os Objetivos do Golpe de 2016 (I): interromper a erradicação da pobreza e da miséria


Este gráfico, elaborado por Marcelo Neri (A escalada da desigualdade. Rio de Janeiro, FGV Social, agosto de 2019), mostra claramente que um dos principais objetivos do golpe de 2016 foi interromper o extraordinário processo de erradicação da pobreza e da miséria no Brasil, promovido pelos governos do PT. 

De fato, em 2003, ano da posse do presidente Lula, a proporção de pobres no país era de incríveis 28,16%, isto é 52 milhões de brasileiros e brasileiras viviam na pobreza e na miséria. Em 2014, último ano em que o PT conseguiu efetivamente governar o país, a taxa despencou para 8,38%, o que representa uma expressiva queda de 67% nesse indicador. Foram 36 milhões de pessoas retiradas da linha de pobreza no Brasil pelos governos Lula e Dilma.

Mas, a partir do momento em que Aécio Neves começou a “encher o saco do PT” (sic), contestando a reeleição da presidenta Dilma, que Eduardo Cunha partiu para o boicote ao governo e a encaminhar “pautas-bomba” para provocar a “tempestade perfeita” que desestabilizaria a economia até a efetivação do golpe e do governo ilegítimo de Temer, a proporção de pobres no Brasil só vem aumentando. Do final de 2014 até o final de 2017, nada menos do que 6,27 milhões de novos pobres surgiram no Brasil. 

Bozonazi e Guedes cumprem a sua parte nesse roteiro, fazendo maldades contra o povo brasileiro. O objetivo de aumentar a pobreza e a miséria no Brasil segue em curso. Até quando?

sábado, 10 de novembro de 2018

Bolsonaro Presidente. De quem é a culpa?



A eleição de Jair Bolsonaro para o mais alto cargo da República tem levado muita a gente a se perguntar: de quem é a culpa? Não é para menos. Quando se olha para a história de vida e o discurso do sujeito, é de se ficar estupefato que um homem tão medíocre e mesquinho tenha conseguido tal proeza.
Capitão do Exército de carreira curta e pífia, ficou conhecido do público com um artigo que publicou na Revista Veja em 1986, reclamando dos salários da tropa (veja aqui), pelo que foi condenado por corte marcial e puxou 15 dias de cadeia. Inconformado com a punição e ainda insatisfeito com o salário, ele e mais dois colegas da Arma elaboraram um plano terrorista batizado de “Beco sem saída”, que visava explodir bombas em quartéis do Exército. O plano era uma chantagem, pois foi vazado por eles próprios para a mesma Revista Veja, que deu grande destaque à matéria (veja aqui). Bolsonaro já usava fake news para atingir os seus objetivos...
E, de fato, os atingiu, pois como ele mesmo admite, esse imbróglio fez do capitão insatisfeito com o seu soldo vereador do Rio de Janeiro, eleito em 1988 (veja aqui). Com um salário melhor no bolso, entrou logo para a reserva. Bye bye, vida dura da caserna...
Daí, trilhou os caminhos do político tradicional brasileiro. Fez carreira parlamentar, colocou os três filhos para fazer o mesmo e, rapidamente, multiplicou o patrimônio da família (veja aqui), ocultando-o quando achou por bem ocultá-lo (veja aqui). Durante 27 anos, foi um obscuro deputado federal do chamado “baixo clero”, grupo de parlamentares fisiológicos com pouca influência na Câmara dos Deputados. O pessoal do “toma lá, dá cá”.
Nesse tempo todo como deputado, Bolsonaro teve apenas um projeto de lei de sua autoria sancionado (veja aqui), nunca relatou proposições de destaque e nem presidiu comissões ou liderou bancada (veja aqui). O que o notabilizou foi o seu discurso direitista radicalóide e autoritário. Em elucubrações raivosas, destila desprezo e ódio a mulheres, negros, índios, homossexuais, pobres, nordestinos e que tais. Diz que as minorias têm que se curvar ante a maioria. Defende a ditadura e a tortura. Acha que bandido bom é bandido morto. Jacta-se de sonegar impostos. Derrama impropérios contra os seus adversários. Acha bonito ser um brucutu.
No primeiro turno da eleição, verborrágico de fazer corar um Ciro Gomes, Bolsonaro só abria a boca para falar besteira. Dizia o que queria e se desdizia ao sabor das circunstâncias. Admitia, sem qualquer pejo, não entender nada de economia, saúde ou educação. Suas análises e propostas para o país tinham a profundidade de um pires. Nos debates, comportava-se como um bufão. Era o bobo da corte.
Com Lula na disputa, mesmo preso e incomunicável numa solitária em Curitiba, Bolsonaro não tinha a menor chance, pois o ex-presidente nunca obteve menos do que 30% da preferência popular nas pesquisas e atingiria 39% na última que foi feita com o seu nome (veja aqui). Se a Constituição valesse no Brasil, Lula teria sido eleito no primeiro turno. Mas, vivemos numa República das Bananas...
Assim, foram três degraus para a ascensão vertiginosa de Bolsonaro. Primeiro, a conveniente facada sem sangue em Juiz de Fora, no único dia da campanha em que ele não usou colete a prova de balas. O “atentado” tirou o bobo da corte de cena, calou a sua matraca e transformou o brucutu em vítima. Depois, a impugnação da candidatura de Lula, que removeu a grande pedra do seu caminho. Finalmente, a disseminação em massa das fake news pelo WhatsApp, financiada por empresas através de caixa 2, o “me engana que eu gosto” do eleitorado conservador, turbinado pelo apoio de Edir Macedo, sua Igreja e emissora de TV. Tudo com o beneplácito de um Judiciário leniente quando assim lhe interessa. Além da ajuda da imprensa corporativa, é claro.
Mas, isso não foi suficiente para a vitória de Bolsonaro no primeiro turno. “Bateu na trave”. O que indica que a estratégia do PT de manter a candidatura de Lula até a undécima hora foi correta.
No segundo turno, Bolsonaro seguiu a mesma tática furtiva: nenhum debate com o adversário; nada de detalhar propostas para o eleitorado; muitas intrigas, mentiras e bravatas nas redes sociais; entrevistas boazinhas com a imprensa amiga.
Enquanto isso, Haddad crescia a olhos vistos na campanha, impulsionado pela militância – orgânica e espontânea – que, num movimento de massa sem precedentes na história das eleições no Brasil, foi às ruas e às redes sociais para conquistar o voto dos indecisos, sensibilizar os desalentados com a política a não se absterem ou votarem em branco ou nulo e, claro, para virar os votos do oponente. Esse foi o destaque da campanha eleitoral de 2018: a emergência de uma numerosa, ativa e voluntarista militância democrático-progressista, de esquerda e de centro-esquerda, composta por gente de todas as idades disposta a lutar por seus ideais, mas cuja extraordinária dedicação à campanha de Haddad não foi suficiente para dar-lhe a vitória.
Então, o que explica a vitória de Bolsonaro?
Em primeiro lugar, a prisão política de Lula e a mordaça que a Justiça impôs a ele. O ex-presidente, favorito do povo, não pôde sequer gravar um áudio pedindo voto para o seu candidato. Permaneceu confinado em Curitiba, sob o tacão do juiz(?) Sérgio Moro, na verdade um cabo eleitoral de Bolsonaro, cuja máscara caiu quando ele aceitou o cargo de ministro da Justiça no novo governo.
Em segundo lugar, a ideologia. O discurso de Bolsonaro “colou” porque faz sentido numa sociedade autoritária, hipócrita, machista e individualista como poucas. Ora, o Brasil foi o último país do Mundo a abolir a escravidão e as empregadas domésticas trabalhavam quase como escravas até 2015. Uma República que foi proclamada por meio de um golpe militar, que já completou 129 anos e nunca teve mais de 30 anos seguidos de normalidade democrática. O país da “democracia racial” fajuta, da boca para fora, e da “cordialidade” cínica, que já não enganam mais ninguém. Hipocrisia pura. O país em que se registra oficialmente um caso de violência doméstica a cada dois minutos, um estupro a cada dez minutos (veja aqui) e que uma mulher é assassinada a cada duas horas (veja aqui). O país que é o segundo do Mundo em sonegação de impostos (veja aqui), cujos profissionais liberais têm dois preços para os serviços que prestam (“com” ou “sem recibo”), em que o consumidor tem que pedir (e, às vezes, brigar) por uma nota fiscal, em que empresários, na maior sem-cerimônia, maquiam a contabilidade, remetem lucros para paraísos fiscais e fazem caixa dois para si e para políticos amigos. O país em que a classe média endinheirada compra aparelhinhos chineses para burlar as TVs por assinatura. O país do “topa tudo por dinheiro” e do “se colar, colou”. Pois é, colou...
Em terceiro lugar, o antipetismo cultivado pela mídia com o auxílio de um Judiciário reacionário, parcial e seletivo (“com STF e tudo”), desde que o PT chegou ao poder. Foram anos e anos de massacre midiático, com o cidadão sendo diariamente bombardeado com o discurso monocórdico desse nosso jornalismo de release e os editoriais uníssonos do baronato que controla os meios de comunicação no Brasil. A veiculação, ad nauseam, de interpretações negativas dos fatos, mesmo quando o país contava com altíssimo respeito internacional e passava por momentos extraordinariamente positivos, apresentando nítido desenvolvimento econômico, investimentos robustos na infraestrutura, ampliação de oportunidades para todos, ascensão social e geração de emprego e renda.
Na mesma toada, a repercussão diuturna de processos judiciais tendenciosos, sempre com dois pesos e duas medidas. Nenhum dirigente do PT foi jamais condenado por enriquecimento ilícito, mas todos os filiados ao partido são considerados ladrões. Lula, sua família e amigos, seu Instituto e sua empresa de palestras foram investigados furiosamente. Nunca se descobriu uma conta no exterior, uma mala (nem sacola) de dinheiro ou qualquer bem ocultado; nenhum pagamento por palestra que não tivesse os tributos pagos e fosse registrado em seu imposto de renda; qualquer benesse recebida a que título fosse; sequer uma mísera gravação de ligação telefônica em que se falasse de propina ou atos ilícitos do ex-presidente. Lula foi condenado por um juiz-político, num processo “que não para em pé” (Gilmar Mendes), por uma reforma que não existiu num apartamento que nunca foi dele.
Uma mentira repetida mil vezes vira verdade, propalou Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Assim foi na Alemanha nazista com a fixação, no consciente coletivo, da imagem do judeu como a causa dos problemas econômicos do país e, no Brasil, com a cristalização do petralha como o responsável por todos os males da política nacional. Em ambos os casos, são “arquétipos do mal” construídos para servirem como uma cortina de fumaça entre os interesses da direita e a psique coletiva de sociedades autoritárias e conservadoras. Assim, culpar o PT pela vitória de Bolsonaro é como culpar a mulher sexy pelo estupro que ela sofreu.
Se a culpa não foi do PT, também não foi de Ciro Gomes que, embora tenha tirado férias no segundo turno, ficado em cima do muro como um tucano e agido, com o irmão, como um quinta-coluna, seu eleitorado migrou em massa para Haddad no momento decisivo.
De fato, quando olhamos para os números da eleição (veja o Quadro abaixo), percebemos que Haddad teve uma evolução de 50,09% no seu desempenho, saindo de 31.342.051 votos no primeiro turno (29,28%) para 47.040.906 no segundo (44,87%), isto é, 15.698.855 votos a mais. Ciro (13.344.371 votos no primeiro turno), Marina, Boulos e Goulart Filho, cujo eleitorado apresenta um perfil de centro-esquerda, obtiveram, juntos, 15.061.247 votos, que é uma grandeza numérica bem semelhante ao crescimento de Haddad e, portanto, podemos inferir que houve uma transferência massiva desses votos para ele. Evidentemente não houve 100% de transferência e, mesmo assim, ainda ficariam “faltando” 637.608 mil votos para completar a diferença que, tudo indica, vieram majoritariamente dos votos brancos virados, pois esses diminuíram em 620 mil do primeiro para o segundo turno.


Quadro 1 – Transferência de Votos do 1º ao 2º Turno (Inferência)
Eleições Presidenciais – Brasil, 2018


                                                                                            Fonte: elaboração própria com dados do TSE

Por outro lado, Bolsonaro evoluiu também (17,29%), tendo obtido 8.520.837 votos a mais no segundo turno, os quais devem ter sido herdados, majoritariamente, de Alckmin, Amoêdo, Daciolo, Meirelles, Álvaro e Eymael, candidatos alinhados ideologicamente a ele, que, entretanto, haviam somado 11.314.679 votos no primeiro turno. Assim, “sobrariam” 2.793.842 votos, o que indica que a imensa maioria dos eleitores deles que não votaram em Bolsonaro, também não votaram em Haddad, como o eleitorado ideológico de Vera (55.762 votos no primeiro turno), considerando-se o histórico do PSTU. Com efeito, somando-se as “sobras” de Alckmin, Amoêdo, Daciolo, Meirelles, Álvaro e Eymael com os votos de Vera, obtemos um total de 2.849.604 votos, montante bem próximo das 2.832.416 abstenções e votos nulos adicionados no segundo turno.

Bem, se é assim, de quem, afinal, é a responsabilidade pela eleição de Jair Bolsonaro? Elementar, meus caros e caras. A responsabilidade é de quem votou nele.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Análise dos números das eleições presidenciais na Paraíba: a força da militância


Neste segundo turno das eleições para a Presidência da República, a Paraíba mostrou que é um Estado politizado, pois apresentou a menor abstenção no país (16%), ficando bem abaixo do escore nacional (21%), que foi o maior desde 1989 para o segundo turno das eleições presidenciais. Houve também uma redução drástica em votos brancos (-45%) e nulos (-33%), o que representou um acréscimo de 97.497 votos válidos no segundo turno, isto é, 4% do total.

Em termos de preferência, a Paraíba deixou claríssima a sua escolha, pois Fernando Haddad venceu em 220 dos 223 municípios e obteve 65% dos votos válidos (contra 45% no primeiro turno), o que representa uma evolução de 47% entre os dois turnos, isto é, 466.895 votos a mais.

Haddad obteve extensa margem de vantagem nas 220 cidades em que venceu (75% x 25%) e perdeu apenas em João Pessoa (45% x 55%), Campina Grande (44% x 56%) e Cabedelo (49% x 51%), cidades em que, contudo, evoluiu bastante do primeiro para o segundo turno.

Campina Grande foi onde Haddad mais cresceu, aumentando a sua votação em 118%, já que obtivera 45.065 votos no primeiro turno (21%) e atingiu 98.243 no segundo (44%), isto é, 53.178 votos a mais. 

Em João Pessoa, Haddad teve um aumento de 89%, crescendo de 24% para 45% dos votos válidos, ou seja, 89.041 votos a mais. Já em Cabedelo, sua evolução foi de 64%, aumentando de 31% para 49% dos votos válidos. 

É plausível supor que a evolução de Haddad deveu-se, fundamentalmente, a uma migração maciça dos votos de Ciro Gomes (362.775) e Boulos (6.901), à imensa maioria dos votos brancos e nulos revertidos (97.497) e uma pequena parte dos votos dos outros candidatos no primeiro turno, que totalizaram 133.752 escrutínios, pois não acredito que tenha havido uma reversão relevante de votos de Bolsonaro para Haddad, até porque o capitão também cresceu (15%). 

De fato, Bolsonaro obteve 104.424 votos a mais no segundo turno, que penso tenham migrado, majoritariamente, de Alckmin, Daciolo, Meirelles, Amoêdo e Álvaro Dias, todos alinhados ideologicamente a ele, que juntos obtiveram 119.451 votos no primeiro turno. 

Seja como for, reputo a significativa melhoria de desempenho de Haddad no segundo turno – particularmente em Campina Grande, onde atuei – à militância partidária e espontânea que saiu às ruas, visitou as casas e agiu nas redes sociais, num trabalho diuturno de convencimento de eleitores e eleitoras, pois, afinal, esse foi o fato novo no segundo turno da campanha eleitoral de 2018 no Estado. 

É essa militância aguerrida que tem a responsabilidade de manter viva a resistência democrática na Paraíba. Eu estou pronto para isso. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O golpe é uma expressão da luta de classes


Ontem realizamos um debate na UFCG em que procuramos analisar "as várias faces do golpe". Coube a mim interpretá-lo sob o ponto de vista sociológico, o que fiz esposando a tese de que o golpe é, fundamentalmente, uma expressão da luta de classes no Brasil. Aqui faço um resumo de minha abordagem, disponibilizando os slides que apresentei no debate.

Parti da premissa de que, ao romperem com o formulário neoliberal, os governos trabalhistas de Lula e Dilma apresentaram resultados econômicos expressivamente melhores do que os governos que os antecederam (ver post anterior) e, implementando políticas públicas de forte impacto social, produziram o seu maior legado: um extraordinário processo de ascensão social.










Um aspecto importante deste processo foi que a ascensão social propiciou a abertura de espaços historicamente interditados aos chamados "excluídos", pois como bem definiram NERI e SOUSA (2012), esta foi a "década inclusiva", pois “a renda de grupos tradicionalmente excluídos que tinham ficado para trás foi a que mais prosperou no período, em particular, negros, analfabetos, crianças, nordestinos e moradores do campo”.










Isto incomodou nossa classe dominante, a chamada "elite branca", historicamente autoritária, segregacionista, conservadora, preconceituosa e exploradora, cujo arquétipo é a família patriarcal escravocrata. Por exemplo, passaram os ricos a torcer narizes frente à invasão de seus espaços "exclusivos" por pobres, negros, nordestinos e quetais. Como escreveu a socialite Danuza Leão "Ir a Nova York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?"

Mas não foi só isso. Incomodaram-se muito com a ampliação dos direitos dos trabalhadores, notadamente a equiparação das empregadas domésticas à CLT, e com as políticas de renda mínima, como o Bolsa Família. Ora, está cada vez mais difícil encontrar mortos de fome que se submetem a qualquer salário e condições de trabalho para lhes servir como escravos. E isso, para a elite branca, o 1% da população, é inadmissível.






Assim, o golpe é apenas um instrumento da elite para "por ordem" na Casa Grande, e portanto, expressa tão somente a luta de classes.

Hoje leio o Veríssimo, em crônica lapidar (veja aqui), defender a mesma tese, dialogando com a História, "uma velha e pachorrenta senhora":

— Foi o fim da ilusão petista de mudar o Brasil?

— Mais, mais. Foi o fim da ilusão que qualquer governo com pretensões sociais poderia conviver, em qualquer lugar do mundo, com os donos do dinheiro e uma plutocracia conservadora, sem que cedo ou tarde houvesse um conflito, e uma tentativa de aniquilamento da discrepância. Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo dominante, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real. Era preciso acabar com a ameaça e jogar sal em cima. Era isso que estava acontecendo.

segunda-feira, 28 de março de 2016

O Brasil que os golpistas querem destruir


Em seu discurso de posse na presidência em 2003, Luís Inácio Lula da Silva fez uma afirmativa carregada do ethos de sua classe social: “se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”[1]. Com essa fórmula aparentemente pueril, bastante ironizada pela grande mídia e pelas elites políticas que ele acabara de derrotar nas eleições de 2002, iniciava-se um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social no Brasil que retirou 36 milhões de brasileiros da pobreza absoluta, propiciou a ascensão de 42 milhões à classe média – que passou de 37% para 55% da população entre 2003 e 2012 – e elevou a renda per capita em 78%[2].

Esse é um dos mais significativos movimentos de ascensão social e distribuição de renda já verificados na história do Capitalismo, denominado com bastante propriedade por NERI e SOUZA (2012) como “década inclusiva”, pois, “de maneira geral, a renda de grupos tradicionalmente excluídos que tinham ficado para trás foi a que mais prosperou no período, em particular, negros, analfabetos, crianças, nordestinos e moradores do campo” (NERI e SOUZA, 2012: 8; 21). Assim, “após 30 anos de alta desigualdade inercial, o que colocou o Brasil no imaginário internacional como a terra da iniquidade, o Índice de Gini começa a cair no Brasil, passando de 0,61 em 2001 a 0,527 em 2012” (NERI e SOUZA, 2012, p. 4; NERI et al., 2013, p. 10).

Com efeito, após a população experimentar o absoluto desastre do chamado “milagre econômico” da ditadura militar (1964-1985), que propiciou crescimento econômico, mas aprofundou a pobreza e a miséria no país e, em seguida à sua derrocada, os anos de hiperinflação que as agravaram ainda mais para, finalmente, após a estabilização monetária promovida pelo Plano Real no final do governo de Itamar Franco (1994), sentir os amargos resultados da “estratégia neoliberal”[3] do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), imperava um profundo desânimo na população nacional, imersa num quadro econômico crítico.

Ora, em 2002 o Produto Interno Bruto do Brasil era de 1,488 trilhões de reais[4], ou 3,032 trilhões de reais em valores atualizados[5], o que colocava a economia nacional em 13º lugar em termos de grandeza no Mundo, quando esta ocupava o 9º lugar no início do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, segundo dados do Banco Mundial[6]. A taxa de investimentos sobre o PIB chegou ao piso histórico de 15,3% em 2003 (BRASIL, 2013, p. 24), o PIB per capita montava em apenas R$ 8.364,46[7], ou R$ R$ 17.038,47 em valores atualizados[8], e a taxa de desemprego batia os 12,9%[9] no final do segundo governo do antecessor de Lula. A inflação fechou o ano de 2002 num patamar de 12,5%[10], bem longe do teto da meta estabelecida pelo governo (5,5%), e em aceleração. A dívida externa atingira R$ 231,7 bilhões em valores correntes[11], ou R$ 522,5 bilhões em valores atuais[12] e as reservas internacionais do país somavam, tão somente, US$ 37,8 bilhões (BRASIL, 2014) – dos quais US$ 20,8 bilhões correspondiam a um empréstimo feito junto ao FMI.

Na Era Lula-Dilma Rousseff, os números mudaram significativamente: o PIB cresceu 88%, atingindo a cifra de R$ 5,687 trilhões em 2014[13], o que guindaria a economia nacional ao 7º lugar em grandeza no Mundo[14]. O PIB per capita aumentou 60% no mesmo período, chegando a R$ 27.229,35 em 2014[15]. A taxa de investimentos sobre o PIB atingiu 19,7% em 2014[16], aumento de 20% em uma década, ao passo que o investimento do setor público em Formação Bruta do Capital Fixo passou de 2,6% do PIB em 2003 para 4,4% do PIB em 2012 (BRASIL, 2013, p. 7-8), aumento de 69%. De acordo com o Banco Central, o Brasil tornou-se superavitário em sua dívida externa em 2006[17] e, segundo o Tesouro Nacional, o país apresentava um superávit de R$ 1,13 trilhões em novembro de 2015[18]. As reservas internacionais montam a US$ 371,5 bilhões em fevereiro de 2016[19], quase dez vezes mais do que em 2002.

Em virtude das mais de 20 milhões de novas vagas de emprego abertas em uma década (BRASIL, 2014; IBGE, 2014), o país atingiria sua menor taxa histórica de desemprego em dezembro de 2014 (4,3%)[20] e fecharia 2015 com uma taxa média anual de 6,9% que, comparada com a taxa de 12,9% verificada no final do governo de Fernando Henrique Cardoso (2002), evidencia uma redução absoluta de 6 pontos percentuais, isto é, uma queda de 53% do desemprego no período dos governos trabalhistas.

Refutando as teses neoliberais quanto ao papel do Estado na economia e numa clara opção estratégica de crescimento econômico sustentável por meio da ampliação do mercado interno, então por décadas represado, os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff empreenderam uma série de políticas públicas inovadoras, destacando-se, por um lado, as políticas de inclusão social e distribuição de renda por meio de programas como o Fome Zero e o Bolsa Família e, por outro, as políticas de estímulo à geração de empregos e de aumento real do salário mínimo, que teve um ganho real de 80% entre 2002 e 2016, passando a corresponder a 2,12 cestas básicas em janeiro de 2014, contra 1,42 no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso (DIEESE, 2013, p. 10)[21]. Em virtude disso, e dos outros avanços já citados, a renda familiar per capita elevou-se de R$ 679,90 em 2002 para R$ 1.052,00 em 2014[22], aumento de 41%, e, segundo a ONU/PNUD, a proporção de pobres despencou 86%, saindo de 25,5% em 2000 para 3,5% em 2010.


É este novo Brasil que os derrotados nas eleições de 2014 querem destruir por meio de um golpe.




[2]Discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura do VII Encontro Empresarial Brasil-União Europeia - Bruxelas/Bélgica em 24/02/2014. Disponível em http://www2.planalto.gov.br/centrais-de-conteudos/videos/dilma-discursa-na-abertura-do-vii-encontro-empresarial-brasil-uniao-europeia, acesso em 12/05/2015.
[3]Segundo CARINHATO (2008, p. 40), “Esta estratégia tinha o seguinte receituário: combate à inflação, através da dolarização da economia e valorização das moedas nacionais, associado a uma ênfase na necessidade de ajuste fiscal. Junto dessas orientações, ainda podemos citar a reforma do Estado – mormente privatizações e reforma administrativa – desregulamentação dos mercados e liberalização comercial e financeira”.
[4]Banco Central do Brasil, Sistema Gerenciador de Séries Temporais. https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries, acesso em 05/02/2016.
[5]A valores de 31/12/2014, deflacionados pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas.
[8]A valores de 31/12/2014, deflacionados pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas.
[9]IBGE, Séries históricas da Pesquisa Nacional de Emprego. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaulttab_hist.shtm, acesso em 05/02/2016.
[10]IBGE, Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm, acesso em 25/08/2014.
[11] Tesouro Nacional, Séries Temporais. http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/series_temporais/principal.aspx#ancora_consulta, acesso em 05/02/2016.
[12] A valores de 31/12/2015, deflacionados pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas.
[13]Banco Central do Brasil, Sistema Gerenciador de Séries Temporais. https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries, acesso em 05/02/2016. Até o fechamento deste artigo, o BCB ainda não havia divulgado o valor do PIB de 2015.
[16] IBGE, Séries Históricas e Estatísticas. http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=12&op=0&vcodigo=SCN36&t=taxa-investimento, acesso em 05/02/2016. 
[17] Banco Central do Brasil, Sistema Gerenciador de Séries Temporais. https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries, acesso em 05/02/2016.
[18] Tesouro Nacional, Séries Temporais. http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/series_temporais/principal.aspx#ancora_consulta, acesso em 05/02/2016.
[19]Banco Central do Brasil, https://www.bcb.gov.br/?RESERVAS, acesso em 05/02/2016.
[20]IBGE, Séries históricas da Pesquisa Nacional de Emprego. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/defaulttab_hist.shtm, acesso em 05/02/2016.
[21] “A lo largo de los ocho años de Gobierno del Presidente Lula da Silva (2003-2010), el salario mínimo creció 5.8% en promedio anual, con un incremento real acumulado de casi 60%. En este mismo periodo, el PIB aumentó 4% al año en promedio, mientras que el PIB per cápita lo hizo a un ritmo de 2.3%. El resultado ha sido un crecimiento del salario mínimo por encima de la expansión real del PIB, desencadenando efectos redistributivos importantes y contribuyendo a la reducción de los niveles de pobreza. Este crecimiento es casi el doble del observado en el periodo del Gobierno del Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): incremento real del salario mínimo de 3.3% al año, mientras el PIB creció 2.3% y el PIB per cápita 0.8%”. (OIT, 2011, p. 79).
[22] IBGE, 2014acesso em 05/02/2016.