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segunda-feira, 25 de maio de 2020

O que o PT fez por Campina: a transposição do Rio São Francisco


Em pleno século XXI, o Nordeste viveu a pior seca da história. Foram 7 anos de estiagem que castigaram duramente a região a partir de 2012. Mas, ao contrário do que acontecia antes, não se viu a fome se disseminando como um vírus, nem hordas de retirantes estropiados pelas estradas, nem saques em feiras e mercados, nem paus-de-arara rumando para o "Sul maravilha", nem homens e mulheres sendo espoliados em frentes de trabalho. Isso porque Lula e Dilma fizeram mais pelo Nordeste do que as elites que governaram o país por 500 anos.

Não houve fome e saques porque o povo pobre tinha o Bolsa Família, os agricultores e agricultoras familiares tinham programas de compra governamental de seus produtos, como o PPA e o PNAE, tinham um seguro-safra específico criado em 2004, tinham terra, assistência técnica e segurança produtiva como nunca antes na história desse país. Não houve fome, afinal, porque as políticas públicas inclusivas dos governos Lula e Dilma retiraram o país do mapa da fome da ONU em 2014 (veja aqui), o que infelizmente mudou depois do golpe de 2016 (leia aqui).

Não houve frentes de trabalho porque havia emprego e renda. Em 2002, apenas cinco milhões de nordestinos tinham emprego formal, enquanto em 2013 eram quase nove milhões. Em dez anos de governos petistas (2003-2013), o Nordeste teve índice de crescimento de 4,1% ao ano, enquanto o país ficou na marca de 3,3%, de acordo com o Banco Central. Só no ano de 2012, no inicio da grande seca, a economia local cresceu o triplo da brasileira.  

Não houve retirantes e paus-de-arara porque se, em 2002, quando o presidente Lula foi eleito, havia mais de 21,4 milhões de nordestinos que viviam em situação de pobreza, em 2012 esse número caiu para 9,6 milhões, segundo estudo da Fundação Perseu Abramo, com base em dados do IBGE. As crianças pobres da zona rural estavam em escolas e a elas chegavam em ônibus novinhos em folha (foram 20 mil adquiridos nos governos Lula e Dilma). Os filhos mais velhos puderam frequentar um curso superior nas centenas de campi de universidades e institutos federais implantados na região ou se beneficiando do PROUNI ou do FIES sem fiador, o que levou o número de universitários nordestinos a saltar de 413.709 em 2000 para 1.434.825 em 2012, segundo o INEP. Então, porque se retirar?

Não houve sede porque Lula e Dilma instalaram 1,2 milhão de cisternas para consumo humano pelo Programa Água para Todos, garantindo água a 22 milhões de sertanejos. Além da sede, os moradores da zona rural também se libertaram da escuridão e os candeeiros viraram peças de museu, pois o Programa Luz para Todos garantiu gratuitamente a energia elétrica a mais de 1,5 milhão de famílias nordestinas, beneficiando cerca de 7,5 milhões de pessoas até 2015.

E aí, chegamos a Campina Grande, principal polo regional do semiárido brasileiro, encravado no coração do Nordeste. Com mais de 400 mil habitantes, a cidade estava prestes a entrar em colapso hídrico com as reservas do Açude de Boqueirão atingindo, no início de 2017, a sua menor cota desde a inauguração, 3,18%. Campina bebia água do volume morto.

Mas essa situação durou pouco, pois a Transposição do Rio São Francisco foi logo inaugurada, primeiro numa solenidade oficial mixuruca e vazia, feita pelo golpista Temer. Depois, por Lula e Dilma, que fizeram a "inauguração popular" da obra em 19/03/2017, dia de São José, reunindo uma multidão de pessoas em Monteiro, Cariri paraibano, onde as águas do Velho Chico alcançam o Rio Paraíba. Foi uma das maiores concentrações populares realizadas no interior do Nordeste em todos os tempos.

Não era para menos. Obra planejada, mas nunca executada, desde a época do Brasil Império, prometida até pelos governos dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso e considerada "inviável técnica e financeiramente" pelo tucano Cássio Cunha Lima quando presidia a SUDENE, a Transposição do Rio São Francisco saiu do papel nos governos Lula e Dilma. garantindo o abastecimento d'água a 12 milhões de habitantes que vivem em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A Transposição do Rio São Francisco salvou Campina Grande do colapso hídrico. E o povo sabe disso.