Na última quarta-feira, escrevi aqui no Blog que a decretação da suspeição de Sérgio Moro pelo STF seriam "favas contadas". Um dos argumentos que utilizei para sustentar esse prognóstico foi que, no meu sentir, Bolsonaro não teria interesse nenhum em influenciar no voto-vista do ministro Kássio Nunes Marques, indicado ao STF por ele, nessa matéria.
"Muito antes pelo contrário", enfatizei, considerando que a anulação dos processos da Lava Jato contra Lula por Fachin já haviam restabelecido os direitos políticos do ex-presidente e que, portanto, Bolsonaro não tinha nada a ganhar envolvendo-se no processo decretação da suspeição de Moro, seu adversário direto no campo da direita em 2022.
Hoje a informadíssima jornalista Mônica Bérgamo escreveu em sua coluna na Folha de São Paulo:
Jair Bolsonaro quer distância do julgamento da suspeição de Sergio Moro no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente acredita que o ex-juiz já está fora do circuito eleitoral. E que qualquer movimento por parte do Palácio do Planalto serviria apenas para dar a ele pretexto para posar de vítima de uma perseguição.
O distanciamento do presidente frustrou os que imaginavam que ele poderia influir no voto do ministro Kassio Nunes, do STF —que pode selar o destino de Moro.Bolsonaro chegou a se interessar pelo assunto quando a declaração de suspeição de Moro poderia restituir os direitos políticos de Lula. Como isso ocorreu antes do veredicto sobre o ex-juiz, no momento em que o ministro Edson Fachin anulou as condenações do petista, o assunto saiu de seu radar.
Acertou na mosca.
ResponderExcluirBingo!!
ExcluirParabéns Prof Márcio Caniello, bravo Companheiro!
ResponderExcluirObrigado, grande companheiro Valdez. Adelante!!
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