ESTADO DA PARAÍBA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO
GABINETE DO SECRETÁRIO
Avenida Floriano Peixoto, 1.726 – Santo Antônio
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ATA N.° 003 DA 3ª AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO DE
REVITALIZAÇÃO DA FEIRA CENTRAL E DO MERCADO PÚBLICO DE CAMPINA GRANDE
Ata da 3ª Plenária para discutir o Projeto de Revitalização da
Feira Central e do Mercado Público de Campina Grande realizada pela Secretaria
de Planejamento do município, no dia 02 de junho de 2013, às 14 horas e 30
minutos, no Prédio do Mercado Público da Feira Central, localizado no Centro da
referida cidade.
Aos
dois dias do mês de junho do ano de 2013, às quatorze horas e trinta minutos,
no Mercado Central de Campina Grande, dentro da programação da Oficina
Participativa do Projeto de Revitalização da Feira Central e do Mercado Público
reuniram-se em Plenária cento e treze (113) pessoas, entre comerciantes,
representantes do Poder Público Municipal, Márcio
de Matos Caniello, Secretário de Planejamento da Prefeitura Municipal
de Campina Grande, arquitetos e equipe social da Secretaria de Planejamento,
Sra. Giovanna Aquino
(representante da Secretaria de Cultura), o Sr. Agnaldo Batista, Gerente da Feira Central (Secretaria de
Serviços Urbanos e Meio Ambiente - SESUMA); técnicos representantes do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP); professores e
alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal da
Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); e
representantes da Associação dos Feirantes e Comerciantes do Mercado Central
(AFEMEC). Os trabalhos da Plenária foram coordenados pelo Sr. Marcio Caniello (Secretário de
Planejamento/PMCG) e pelo Sr. Marcus
Vinicius Dantas de Queiroz (Professor de Arquitetura da UFCG). O
Secretário Márcio Caniello fez
a abertura dos trabalhos, agradeceu a presença de todos no debate sobre os
rumos da Feira, em especial ao Vereador Olímpio
Oliveira, representante da Câmara Municipal de Campina Grande e à toda
a equipe Secretaria de Planejamento pelo desprendimento, compromisso, amor,
garra e espírito público citando nominalmente as arquitetas Maria Verônica do Vale, Morgana Targino, Silvia Maia e Marina Barroso, o
arquiteto Anselmo Martins Dantas
e o engenheiro Alexandre Araújo,
além dos demais arquitetos e engenheiros, a equipe social, e todos os
servidores que contribuíram para a realização do evento. Agradeceu também aos
parceiros que participaram do evento: IPHAN, IPHAEP, Professor Marcus Vinícius, em nome da UFCG,
Professor Ney, em nome da
UFPE, Professor Carlos Nome,
em nome da UFPB e a equipe da SESUMA, coordenada por Carlos Agnaldo e Argemiro.
O Secretário Márcio Caniello
ressaltou que “este é um momento
histórico. Não é a linha de chegada, mas um ponto de partida”. O Secretário
Márcio Caniello convidou os presentes para que se apresentassem, informando
nome e setor em que atua na Feira e/ou Mercado. Os seguintes comerciantes e
feirantes se apresentaram: Maria José dos Santos (Rua Marcílio Dias - comércio
de roupa); Antônio Mariano de Araújo (Rua Marcílio Dias – confecções); Maria do
Carmo Rodrigues (confecções); Macedônio (Rua José Tavares – DVD); Francisco
(Rua Marcílio Dias – confecções); Amanda (Rua Marcílio Dias – confecções); Gilberto
(Rua José Tavares – confecção); Elieuza (Rua José Tavares – confecções); Terezinha
(Rua José Tavares – CD e DVD); Melquisedeque (Terrenos dos Martins – Feira de Peixe);
Francisco de Assis (Feira de Peixe); José Geraldo (Rua Manoel Tavares – cereais);
Manoel (grupo de carroceiros da feira); Maria do Carmo (alimentação e é membro
da AFEMEC); Beto do Pastel (Ruas Antônio de Sá e Cristóvão Colombo – alimentação);
Erivaldo Mendonça (Mercado Central – mocotó); Ednaldo Mendonça (Rua Pedro
Álvares Cabral – mocotó); Francisco de Assis (Mercado Público – mocotó); Walter
(Mercado central - cereal); Antônio (Mercado Central – carnes); Hélio Chaves (setor
de carne); Elielson (Mercado Público - setor de carnes); Olímpio Oliveira (vereador
representando o pai, comerciante de queijo e ovos); Cícero Rodrigues
(Presidente da AFEMEC e setor de carne); Beto Calçados (setor de calçados); e
Antônio Rodrigues (setor de confecções). Encerradas as apresentações dos
feirantes e comerciantes presentes, o Secretário Márcio Caniello retomou o uso da palavra ressaltando que,
depois de três dias de trabalho, de interação entre os profissionais,
comerciantes, feirantes e população em geral, chegou-se a alguns consensos e
diretrizes que foram pactuados e discutidos. Com estes subsídios a equipe da SEPLAN
vai elaborar o Projeto de Revitalização da feira e Mercado Central e informou
que na plenária serão apresentadas as diretrizes pactuadas, organizadas em doze
pontos-chave: I) Segurança, Mobilidade,
Higiene e Assistência Social; II) A
Feira de Aves - Rua Manoel Pereira De
Araújo; III) Eldorado - Rua Manoel
Pereira De Araújo; IV) Largo do Pau
do Meio; V) Mercado; VI) Flores e Artesanato; VII) Espaços para manifestações culturais;
VIII) Gastronomia; IX) Estacionamento; X) Propostas Rua Cap. José Tavares Configurações de barracas; XI) Vestuário e Calçados; e XII) Patrimônio Cultural/ Selo Verde. O
Secretário Márcio Caniello
explicou que cada ponto será exposto pelos representantes dos grupos de
trabalho em um período de cinco minutos. A partir de cada apresentação será
aberto um momento para as intervenções dos presentes. Solicitou, ainda, que as
intervenções sejam breves, sintéticas, objetivas e pouco repetitivas. Mais uma
vez agradeceu a presença de todos e passou a palavra ao Professor Marcus Vinícius. Este agradeceu aos
feirantes que compareceram à oficina, como um processo de construção coletiva e
inédita em Campina.
Ressaltou a disponibilidade da Gestão Pública para dialogar
com os feirantes, conhecedores da realidade da Feira e Mercado. Segundo Marcus Vinícius: “o que será apresentado é um ponto de
partida, que a partir de então o projeto a cada dia será amadurecido, e outras
discussões acontecerão”. O Professor Marcus
Vinícius explicou que, a partir do debate nos grupos de trabalho,
alguns pontos aparecerão como resultado da escuta e da discussão que resultaram
em consensos (não fechados e não conclusivos) para serem colocados em debate e
ouvidas as considerações e observações dos presentes nesta Plenária, em
especial dos feirantes e comerciantes. Segundo Marcus Vinícius, cada ponto teve um coordenador que conduziu
os trabalhos. Ele frisou que as apresentações iniciarão com a exposição do grupo
que trabalhou com a Feira de Galinhas.
Lembrou da Senhora Maria Vera, do setor de galinhas que esteve presente na
Plenária do dia anterior expondo a realidade do setor em que trabalha. Apresentou
em imagens a Rua da Feira de galinhas antigamente e a situação atual: abate e
venda das aves na rua, apesar de essa coexistência não atender as normas da Vigilância
Sanitária. Foi sugerido, em croqui, a criação de um largo no lote vazio
existente na área da Rua Manoel Pereira, junto à Feira de temperos, para a comercialização
dos animais e aproveitamento do edifício ao lado para a criação do abatedouro
de aves. Abriu-se para discussão. Não havendo intervenções, retomou uso da
palavra o Professor Marcus Vinícius.
Disse que existe na Secretaria de Cultura, bem como é diretriz do IPHAN, a ideia
de transformar o Cassino Eldorado no Museu do Bordel, para preservar a memória
daquele patrimônio histórico. A seguir fez uso da palavra Giovana Aquino, representante da Secretaria de Cultura, que
ressaltou a importância histórica, cultural e artística do prédio do Cassino
Eldorado. Segundo ela, é necessário rememorar, ressignificar os espaços para
que as pessoas conheçam e valorizem a História.
A seguir foi apresentado no Telão fotos de um prédio em Caruaru, como
modelo de um edifício que existe e que pode ser feito com o Cassino Eldorado.
Após essa apresentação teve início o debate sobre a temática exposta. Fez uso da Palavra o Sr. Antonio Francisco que perguntou: “O que será feito no entorno do Cassino Eldorado?”. O professor Marcus Vinícius respondendo ao questionamento, disse que a
revitalização na área deverá ser completa, se não houver uma revitalização
geral, a área não atrairá ninguém. Apenas revitalizar o Eldorado não funcionará.
Neste momento, o Secretário Márcio Caniello
falou que é necessário também pensar em uma política publica para o setor, como
a captação de recursos para restauração, pensar em uma linha de crédito para
incentivar os comerciantes, para empreendimentos na área, incentivando a
iniciativa privada: “É nosso papel pensar
em uma linha de crédito para o pessoal da área. Uma linha de crédito para
restaurar seu edifício, para que a iniciativa privada invista no setor, já que
tem possibilidade de retorno do processo”. A seguir o secretário citou os
seguintes órgãos de financiamento: a Agência Municipal de Desenvolvimento
(AMDE), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco
do Nordeste, dentre outros. A seguir o Professor Marcus Vinicius falou que é possível a iniciativa privada ter
incentivos para empreendimentos nas proximidades do Eldorado. Prosseguindo os
trabalhos, fez uso da palavra o Senhor Manoel
Pereria da Silva, representante dos transportadores de mercadoria em
carroça de mão, que falou da importância de revitalizar o Eldorado, da
organização dos feirantes com a finalidade de melhorias econômicas e de
trabalho. O coordenador dos trabalhos, o professor Marcus Vinícius disse que a elaboração de um projeto
arquitetônico e urbanístico para a área do Eldorado “dará outra cara para a feira, dando outra dinâmica para a área e
incentivando os comerciantes”. A seguir foram apresentadas fotos antigas e
situação atual da localidade do Pau do Meio (situado no terreno dos Martins). Abriu-se
uma discussão sobre a seguinte temática: Largo
do Pau do Meio: abandono de construções, insalubridade e vulnerabilidade social.
O debate pautou-se sobre a idéia de tratar o Pau do Meio como feira livre,
espaço cívico, cultual e de convívio. Bem como um espaço de recepção e de
distribuição de fluxos e acessos. Discutiu-se também sobre a retirada das
construções irregulares (abertura do eixo visual/físico entre Mercado de
Flores, Largo e Feira Central). A proposta apresentada é tratar a área do Pau
do Meio como espaço cultural, administrativo, misto ou realocação de uso
(confecção, peixes e habitação social). Discutiu-se também sobre acessibilidade
à área, tendo sido apresentado como proposta, a chegada acontecendo pela rua da
Feira de Flores, o que irá recuperar os acessos e a mobilidade na área. O professor
Marcus Vinícius falou que, na
Feira, tradicionalmente o comércio acontece no chão, não em pavimentos, visto
que, quem está na parte superior vende menos comparado a quem está no pavimento
térreo devido ao menor movimento de fregueses. O interessante para o
comerciante é ter gente que circule em seus espaços. Foram apresentadas fotos
da Feira Ver o Peso, em Belém do Pará. Trata-se de uma ocupação em níveo térreo
com espaços abertos e cobertura em lona, sendo esta uma ideia apresentada para
discussão coletiva com os feirantes do setor, sem deixar de considerar a
realidade local. Mais uma vez, abriu-se a fala para que os presentes na
Plenária manifestassem sobre a temática em discussão: Largo do Pau do Meio. O
feirante Elielson, do setor de
carne, sugeriu que a melhor ideia de ocupação do Largo do Pau do Meio é transformar
a área em estacionamento. O
Professor Marcus
Vinícius falou que “é preciso dar
prioridade às pessoas, depois aos carros”, tendo em vista que a área é mais
importante do ponto de vista comercial. Dando continuidade às discussões sobre
o Largo do Pau do Meio, fez uso da palavra o Senhor Francisco das Chagas de Souza, comerciante de temperos e
embalagens na Rua Antônio de Sá há vinte e cinco anos, que perguntou se a ideia
do projeto é colocar barracas para montar e desmontar, tendo em vista que, para
eles não é interessante, pois é muito desgastante e de difícil operação, e
ainda precisaria de um local para armazenar essas barracas todos os dias. Esclarecendo
aos presentes, o Professor Marcus
Vinícius falou que a ideia, ainda não definida, é ter bancas móveis e
fixas cobertas de lona, mas sem alvenaria. Para Francisco das Chagas, o problema é de espaço: “já é pequeno e se colocar em uma banquinha,
será inviável”. O Professor Marcus
Vinícius retomou a palavra falando sobre a questão dos espaços e
dimensionamento das bancas, que será discutido depois: “chegaremos, mas não é hoje, o tamanho da barraca será depois. Agora
não se quer prejudicar ninguém”. O Secretário Márcio Caniello explicou aos presentes que, para o
detalhamento das dimensões das bancas, serão realizados encontros setoriais
para análise de caso a caso. O feirante Valter
Disney de Araújo, comerciante de temperos e cereais há trinta anos no
Mercado Central (setor dois, banco trinta e três) falou que a construção de um
prédio é uma ideia interessante, pois o pavimento superior seria utilizado como
depósito de mercadorias. Frisou também que na Feira há comerciantes do pequeno
ao grande porte. O Professor Marcus
Vinícius explicou aos presentes que outros locais estão sendo pensados
para o depósito tanto de barracas como de mercadorias e que as ruas do entorno do
Pau do Meio também deverão ser aproveitadas. Falou também que para a questão da
coberta, a luz é essencial. A seguir fez uso da palavra o Senhor Fabiano, arquiteto da SEPLAN.
Falou que é preciso considerar o universo da Feira: “temos consciência das atividades que são permanentes e das atividades
que não são, é uma realidade o número significativo de feirantes apenas no
sábado”. O Coordenador dos trabalhos, Marcus
Vinícius falou sobre a realidade da feira: “a feira é uma coisa na segunda, na quarta, na sexta e no sábado é
outra realidade. Tem feirante que é móvel e tem outros que são fixos. É preciso
analisar as realidades”. Fez uso da palavra o Senhor Alberto de Vasconcelos do setor de calçados, Rua Cristóvão
Colombo e Largo do Pau do Meio, disse que a ideia para a Feira de Galinha é
muito boa. Falou também sobre a ideia das barracas cobertas em lona, o que para
ele é bonito, mas pode ser inviável para os comerciantes. Disse que, em relação
ao Pau do Meio, trata-se de um espaço privilegiado situado em uma área nobre,
no Centro da cidade, mas que infelizmente encontra-se desorganizado,
favelizado. Sugeriu que no primeiro andar do prédio a ser construído, seja
feita uma praça da alimentação apenas naquele setor, bem estrutura, com rampa e
acesso adequado. Disse também que a ideia de desapropriação na Rua Manoel
Pereira de Araújo (Feira de Galinhas) é brilhante. Frisou que, a ideia do Pau
do Meio como espaço para o museu e a cultura, tem que ser pensado, pois é um
espaço privilegiado, situado em uma área muito valorizada da cidade, do ponto
de vista imobiliário, que encontra-se sem função. O senhor Gilberto,
comerciante do Mercado Central, disse que o certo é fazer no Pau do Meio uma laje
com quatro metros, o que abrigaria muita gente em cima e embaixo: “vamos construir espaços, uma laje vai
beneficiar mais gente que precisa de espaço para trabalhar”. Apresentou a
preocupação sobre a localidade para onde serão realocados os feirantes da Rua
Manoel Tavares: “os removidos vão para
onde? Se vai sair, é para onde?”. A
seguir, fez uso da palavra a Senhora Maria
do Carmo Rodrigues feirante há quarenta anos no setor de confecções,
trabalha em frente ao Prédio do Pau do Meio e disse que “o Prédio em baixo daria um excelente posto policial”. Prosseguindo
os trabalhos, o coordenador da
Plenária, Professor Marcus Vinicius,
convidou o representante do Grupo de Trabalho que analisou a questão do Mercado Público para apresentar a
síntese das discussões e as propostas. Introduzindo a temática, disse que o
setor de carnes e cereais está no coração do Mercado, mas há um esvaziamento do
espaço, a feira acontece nas bordas. Segundo Marcus Vinicius: “a
ideia é que o espaço ganhe força de novo e que atraia as pessoas para todas as
ruas. O prédio precisa ser coberto, com outra laje no miolo do Mercado, com
organização dos boxes, seguindo normas da vigilância sanitária, principalmente
a feira de carne e feira de peixes”. Falou também que a água do Mercado deve
ir para o esgoto. É preciso agrupar os açougues e carnes. Em sua fala, lembrou da
década de noventa, quando houve a reforma na cobertura do Mercado Público.
Falou também que é preciso discutir sobre a cobertura do Mercado Público, se a
mesma será aproveitada. Se for o caso de
se fazer um mezanino no miolo do Prédio do Mercado, a parte de cima poderá ser usada
para a área de depósito e funções não comerciais, e os açougues (setor de
carnes) e cereais na parte de baixo. A coberta pode ser mais baixa ou mais alta,
o assunto deverá ser discutido e aprofundado posteriormente. Lembrou ainda que
a coberta do Mercado Central pode ser desmontada e remontada em outro local, a
critério da Prefeitura Municipal. Por fim, o professor Marcos Vinícius ressaltou que a ideia é transformar a área coberta
do Mercado Público numa área com mais conforto e iluminação. A seguir fez uso
da palavra o Sr. Fabiano de Melo
Duarte Rocha (Arquiteto da SEPLAN),
representante do Grupo de Trabalho que discutiu a área do Mercado Central.
Em sua intervenção, apresentou a síntese das discussões, bem como as propostas
construídas para o setor de carnes, peixes, cereais e temperos localizados no Mercado
Público. Inicialmente falou que a intervenção nessa área deve levar em
consideração as suas construções e edificações. Para ele: “È preciso definir uma estratégia que faça com que esse conjunto de
prédios seja mais visto, o que vai significar a melhoria da qualidade dos
serviços prestados. Apresentou desenho arquitetônico com a proposta, falou
ainda que a idéia é manter as pessoas dentro do mercado. Disse também,
que é preciso manter as carnes no mercado,dada a tradição. Sobre a cobertura do mercado, falou que esse assunto deverá ser discutido amplamente com o pessoal do setor de carnes, cereais,
bem como com a SEPLAN, IPHAN E IPHAEP, Segundo Fabiano
de Melo “o espaço do Mercado Central é
simbólico e Histórico para a feira” .
Mais uma vez apresentou desenhos arquitetônicos com a idéia de como deverá ser organizado os
boxes, com tratamento especifico para as carnes, cereais e peixes. Disse ainda que os boxes para carnes e peixes deverão
ter balcões frigoríficos. Falou também da necessidade de disciplinar o setor de
cereais, temperos e ambulantes. Falou
também da idéia de se trabalhar a
gastronomia, com a ocupação dos terraços
e calçadas dos prédios da área, com níveis diferenciados para bares e
restaurantes, pode-se fazer também uso cultural da área. Continuando sua
intervenção, falou que os blocos de banheiros serão reformados. Em relação a
feira de queijo e doce, situado na Rua Marcílio Dias, atualmente acontece nas ruas,mas seriam colocadas no
trecho do mercado interno em contato com a Rua Marcilio Dias. Sobre a Feira de Peixe,
disse que o peixe fresco sairia do local atual e
passaria para dentro do mercado, e não ficaria tão distante.
As câmeras frigoríficas, como entrepostos, terão que ser consideradas no
processo de revitalização. Após a
intervenção do Sr. Fabiano , abriu-se para discussão, sobre o tema Mercado . Fez uso da palavra o Sr. Cícero Pereira Rodrigues, do setor de carne e Presidente da Associação
(AFEMEC), falou que está tudo dentro dos conformes, manifestou a preocupação
sobre o detalhamento das dimensões dos boxes. Afirmou que os próprios comerciantes não respeitam
suas linhas, por isso há a necessidade
de se disciplinar, “ tem que se estudar
os espaços”, afirmou o Sr. Cícero. Por fim, falou da realidade da Feira da
Prata, que embora tenha sido reformada há pouco tempo, já se encontra com
problemas, uma estrutura nova com métodos ultrapassados, visto que os seus
setores já estão todos desordenados e misturados. Seguindo as discussões, Fez uso da palavra o Sr. Hélio Chaves, (setor de carnes), em sua intervenção
apresentou a proposta de se ter câmara
fria pública para uso coletivo: “ temos
as duas câmaras frias particulares (dois proprietários), precisamos que seja colocado neste projeto brilhante de revitalização da Feira e
do Mercado Público a instalação de uma de uma câmara fria coletiva”. Prosseguindo
os trabalhos da Plenária, fez uso da Palavra o Vereador Olímpio Oliveira, que neste ato representa seu pai,
(comerciante do setor de queijos e ovos), de início afirmou está feliz em saber que a gestão está com essa visão de preservação do espaço, que a
revitalização proposta busca a preservação dos valores históricos e sociais da
feira enquanto patrimônio cultural, associando a melhoria da qualidade urbana do espaço. Para Olímpio Oliveira, a manutenção da cobertura é algo significativo, pois foi fruto
de uma luta e conquista histórica dos
feirantes. Lembrou ainda que quando da apresentação do projeto de reformar
anterior a cobertura do Mercado Público seria derrubada, então há época formou-se uma comissão de feirantes que
juntamente com ele e Cícero que se faz presente nesta plenária estiveram no IPHAEP,
buscando a preservação do espaço. Lembrou ainda que o madeiramento do Mercado
Público tem aproximadamente setenta anos, por ocasião do tempo há parte do
telhado que está correndo o risco de cair e precisa urgente de recuperação e
manutenção. Finalizado sua, intervenção falou da necessidade de solicitar ao
setor competente policiamento para o mercado, pois os comerciantes chegam de
madrugada. A seguir, fez uso da palavra a Sra.
Maria do Carmo (setor de alimentação), indagando a coordenação da
plenária sobre como ficará o setor de alimentação. Para ela a questão do setor
de alimentação não está clara, bem definida. Apresentou as seguintes
indagações: I) Se a concentração de bares será dentro ou fora do mercado? II)
Se será praça de alimentação ou bares espalhados? Retomando uso da palavra, o
Sr. Fabiano de Melo (Arquiteto
da SEPLAN) ressaltou que os espaços livres e casarões sejam ocupados com
atividades comerciais. Esses galpões que hoje encontram-se vazios e abandonados
poderão a vender carnes, bem como serem ocupados com bares e/ou praças de
alimentação. Outra ideia sugerida por ele é utilizar o espaço hoje ocupado por
estacionamento de motos na parte interna do Mercado, transformando-o como praça
de alimentação. Finalizada a discussão sobre a revitalização do Mercado Público
(parte interna), passou-se a discussão para o próximo ponto: Rua de Flores e Artesanatos. O
Professor Marcus Vinícius
apresentou slides com fotografias da realidade da Rua de Flores e Artesanatos
que mostra o desordenamento, a insalubridade, a obstrução das vias e a falta de
legibilidade. Bem como discutiu a relação positiva complementar entre comércio
e Feira, e flores como ponto de desperte de interesse. Continuando com o uso da
palavra, o Professor Marcus Vinícius
ressaltou que com o processo de requalificação da Feira de flores e artesanato,
ambos continuem na mesma área para que se estimule o consumo de vários produtos
diferentes. “Hoje o eixo está obstruído.
A proposta é de reordenar as bancas para que os prédios e os expositores se
organizem”. Frisou ainda que é necessário definir a marcação dos acessos e
reordenar as ruas para que todos possam ter garantidas a mobilidade e a acessibilidade.
Por fim ressaltou que é interessante a ideia de que a Feira de flores e
artesanato compunha um eixo que cruze todo o Mercado. Prosseguindo, fez uso da
palavra o Professor da UFCG Carlos
Nome. Este apresentou propostas para o Largo do Pau do Meio, estendidas
à Feira de flores e artesanato: reordenar bancas; marcação do acesso de forma a
liberar fluxos e visuais; e acesso possivelmente temático valorizando a
construção social. Em seguida, apresentou os pontos que foram consensuais no
grupo: acesso/eixo de ligação ao Mercado; reordenamento da Rua; liberação de
fluxos e visuais e ainda ocupação do Pau do Meio (Cultural, administrativo,
misto ou realocação) e realocação de usos (confecção, peixes, e habitação
social). O Professor Carlos Nome
também mostrou fotos de feira em Barcelona (Europa) e parque em New York com exemplos de
organizações lineares que liberam fluxos e visuais. Tecendo comentários sobre
as fotografias apresentadas, disse: “parece
chique, mas pode ser feito também aqui. As pessoas estão passeando. A feira tem
potencial para desenvolver um bom projeto”. Abriu-se para debate. Retomando
a coordenação dos trabalhos da Plenária, o Professor Marcus Vinícius colocou em pauta o próximo ponto a ser
discutido na Plenária: Espaços para
manifestações culturais. Convidou o Professor Joca, que apresentou a síntese das discussões do grupo.
Inicialmente apresentou três áreas onde poderão ocorrer manifestações culturais
ao ar livre: A) e B) Atividades ao ar livre, Largo do Pau do Meio e atividades
cobertas, Interior do Mercado (Teatro; Recital; Música; e Dança); e C) Cassino
Eldorado: Espaço de Memória da Feira e Origem de Campina Grande. (Auditório; Galeria
para exposições temporárias; Galeria para exposição permanente; Arquivo; Biblioteca;
e Oficinas). Ainda em sua intervenção, apresentou proposta de teatro com espaço
destinado a manifestações; o Eldorado como local para resgate da memória
histórica da origem da cidade de Campina grande, como local para exposições
fixas e temporárias, com auditórios, bibliotecas e arquivo da Feira. Por fim
mostrou o exemplo do SESC Pompeia (São Paulo), local multidisciplinar que
abriga bibliotecas, que surgiu com a participação de todos os operários dentro
de um galpão, “da mesma forma que estamos
fazendo aqui hoje”. Marcus
Vinícius, coordenador da Plenária, retomou a palavra dizendo que a
ideia é trabalhar com espaços abertos ao ar livre para ter apresentações
cultuais. Esses espaços são importantes para atrair turistas. Citou como
exemplo o Museu do Ofício – Museu do Trabalho (Belo Horizonte), local onde se
mostra o fazer das coisas, do patrimônio imaterial. Resgate e registro de como
as pessoas faziam determinadas atividades em épocas históricas distintas. Abriu
para discussão. Eleomarques Justino, vendedor de peixe e charque há trinta
anos na feira de peixe, tomou a palavra e disse achar o Projeto muito
interessante, mas falou que é preciso ter muito cuidado com o destino de pais e
mães de família que estão negociando e que dependem da feira para ganhar o pão
de cada dia. Indagou como seria a limpeza das bancas de madeira. E se quem tem
boxe de alvenaria vai ganhar uma banca de madeira. O vendedor disse possuir
ponto fixo e perguntou também: “qual a
confiança de se sair do ponto fixo para um outro local? Para onde vamos, que
garantias temos?” Por fim disse: “Ponto
fixo é muito melhor do que bancada móvel. Mudar para um ponto ruim é fatal!”.
A seguir fez uso da palavra o Secretário Márcio
Caniello. Este reafirmou que a intervenção será toda conversada com
feirantes e comerciantes. Disse ainda: “temos
de encontrar uma fórmula, fazer a coisa por etapa. Isso está claro. Existe
sensibilidade em relação a isso. A Feira da Prata é um exemplo de como não deve
ser feito. Agora, não tem como dizer que a banca vai ficar no mesmo local. O
objetivo é aumentar o faturamento de quem está aqui. Todo mundo terá seu local
para negociar. Como fazer, por onde começar? Todo mundo vai ficar sabendo como
a revitalização será feira. Tudo será discutido e dialogado ponto a ponto.” Concluiu
dizendo que, depois do Projeto executivo pensado, com as etapas de reforma
definidas, serão identificados quais os usos, os espaços, que podem ser
utilizados. Prosseguindo os trabalhos, o Professor Marcus Vinícius colocou em pauta para discussão a Gastronomia, sendo apresentada a
proposta com a síntese das discussões do Grupo de Trabalho: requalificação dos
serviços de alimentação e implantação de pólo gastronômico agregando valor aos
produtos. Segundo Marcus Vinícius,
a ideia é que a gastronomia ganhe um papel de importância vinculada ao turismo
e ao saber fazer. Ele citou o exemplo do Mercado de São Paulo onde é
tradicional comer sanduíche de mortadela e pastel de bacalhau como atrativo
para o turismo. Abriu-se para o debate. Fez uso da palavra Olímpio Oliveira. Disse que é fundamental a exploração da gastronomia
regional, lembrou o tradicional picado de D. Carminha e D. Teça. Falou que é
preciso abrir espaço dentro do Mercado para formar mestres da culinária
regional. Citou ainda o exemplo de Salvador, onde o restaurante do SESC
valoriza a culinária local. Propôs a ideia de se ter um Complexo Cultural
dentro da Feira Central que envolva as áreas do Pau do Meio, Eldorado e explore
a gastronomia. O Coordenador da Plenária, Marcus
Vinícius, apresentou mais um ponto para ser discutido: o Estacionamento. Disse ser algo
necessário e fundamental no processo de Revitalização da Feira Central e
Mercado Público. É preciso ser pensado levando-se em consideração as várias
modalidades de transporte (carros, motos, vans, bicicletas etc.). A ideia é
aproveitar áreas vazias e transformá-las em estacionamentos e que estes
estacionamentos sejam descentralizados: espalhados por toda a Feira, próximos
aos setores (galinhas, flores e artesanatos, carnes etc.). Foi apresentada a
síntese das discussões do Grupo de Trabalho pelo Senhor Fabiano de Melo (SEPLAN). Disse que as áreas que
serão utilizadas para estacionamento são áreas significativas e que algumas são
privadas, sendo necessária a desapropriação. Há também a ideia da construção de
um edifício garagem. Apresentou as seguintes propostas para as áreas a serem
transformadas em estacionamento: I) o miolo da quadra por trás do Eldorado,
situada entre as Ruas Manoel Pereira de Araújo e Capitão João de Sales é uma área
da Prefeitura para fazer uso, tendo forte potencial para carga e descarga; II)
antigo posto de combustível cujo acesso se dá pelo acesso da Rua Pedro Álvares
Cabral, considerada área potencial para estacionamento; III) outros lotes de
usos privados a serem desapropriados, não concentrar o estacionamento além de
ruas com uso de estacionamento; e IV) Rua Deputado José Tavares, com potencial
econômico, fazer um edifício garagem associado com uso comercial. Abriu-se para
o debate. A Senhora Carla Gisele
(IPHAN) apresentou três propostas para a utilização da Rua capitão José Tavares: (I) Eixo Viário exclusivo para ônibus,
proposta da STTP; (II) permanência dos feirantes no local; e (III) possibilidade
de utilização intermediária da área: circulação de ônibus durante a semana e
não circulação aos sábados, dia de maior movimento garantindo tanto o fluxo de comércio,
como fluxo de automóveis nos dias de menor movimento. A seguir abriu-se para
debate. Fez uso da palavra o vendedor de DVD Macedônio na Rua Deputado José Tavares. Disse ser simpático
à ideia do uso intermediário da rua proposto pela Senhora Carla Gisele. A
seguir o Senhor Gilberto Felix de
Farias, comerciante de confecção há quarenta anos, propôs que durante
os dias de menor movimento (segunda-feira, terça-feira e quinta-feira) a rua
seja liberada para o fluxo de veículos, e nos dias de maior movimento na feira
(sexta-feira e sábado), ela seja interditada, garantindo o fluxo apenas de
feirantes e fregueses. Afirmou, inclusive, que este modelo foi usado durante
muitos anos. Prosseguindo o debate, fez uso da palavra o Vereador Olímpio Oliveira, falou que a
questão da remoção de feirantes é algo que precisa ser discutido com muita
sensibilidade e que não é uma discussão fácil. Falou também que na área situada
entre as Ruas Cristóvão Colombo e José Tavares, há construções, prédios
particulares abandonados e boxes vazios. Propôs a desapropriação da área. Falou
também que a experiência de montar e desmontar barracas não é mais viável.
Sugeriu um Projeto de integração da Feira de flores até a área do Cassino Eldorado,
Rua Manoel pereira de Araújo. Propôs, mais uma vez, a política de
desapropriação. Sugeriu que fosse analisada a experiência das Arcas (Área de
Livre Comércio). Mais uma vez, falou que a questão da remoção será “uma tremenda dor de cabeça e montar e
desmontar as barracas é um sofrimento que os feirantes não querem mais”. A
ideia de desapropriar o prédio do Café Esporte é para possibilitar a integração
do Mercado até o Eldorado. O Secretário de Planejamento, Senhor Márcio Caniello, discorreu sobre
a questão das desapropriações dizendo “não
podemos confiar num Projeto de Revitalização privilegiando desapropriações,
pois há limites orçamentários para isso.” Continuou dizendo que as desapropriações
são caríssimas e que há especulação do setor imobiliário, por se tratar de uma
área valorizada situada na área central da cidade. Dentro do debate, fez uso da
palavra o Senhor Zeca, representante
do IPHAN. Disse que a Rua José Tavares é uma área problemática da Feira: “mexer com objeto é fácil, mexer com as
pessoas é complicado, mas com pessoas não, principalmente aqueles que dependem
da Feira para tirar seu sustento”. Falou também que é preciso que o
processo seja discutido e dialogado, como está sendo feito, para que não haja
atrito. Disse ainda que a proposta de abertura da Rua deputado José Tavares em
alguns dias da semana e fechamento nos dias de maior concentração é uma proposta
interessante, mas que precisa ser aprofundada e disse que “é uma solução que não mexeria com ninguém”. Falou ainda que “na Rua Antônio de Sá tem um problema com o
fluxo de ônibus. O que ocorre é que o supermercado Pechincha está tomando
metade da rua”. Disse ainda que, “na
Rua Afonso Campos, mesmo sem ser dia de feira, tem carro estacionado de um lado
e do outro”. Sugere que nos dias de feira, a via pública da Rua Afonso
Campos seja liberada para estacionamento apenas de um lado. “Só um lado de estacionamento para que os
ônibus passem e não mexam os comerciantes”. Sugeriu ainda: “nos dias de feira (quarta-feira,
sexta-feira e sábado) deixar a feira de verdura instalada no local sem
circulação de carros, apenas de pedestres. Nos demais dias a área seria
liberada para a circulação de veículos”. O Vereador Olímpio Oliveira mais uma vez fez uso da palavra e ressaltou
que a lógica dos ônibus circularem no entorno da Feira é algo muito positivo “todos querem estar perto dos locais de
ponto de ônibus”. A seguir fez uso da palavra o feirante Emanuel. Falou da possibilidade
da remoção dos feirantes da Rua Deputado José Tavares, falou da experiência das
ARCAS Catedral e Titão dizendo “a ARCA
Catedral é um sucesso, o problema é só organizar”. Seguindo as discussões,
participou do debate a Senhora Terezinha,
comerciante na Rua Deputado José Tavares. Disse ter ponto fixo e trabalhar inclusive
em dias feriados, só fechando aos Domingos. Falou que “trabalhar com barracas não é viável”. Prosseguindo os trabalhos,
retomou a palavra o Secretário Márcio
Caniello, que discorreu sobre a questão da mobilidade urbana: “a questão da mobilidade não é somente na Feira,
é uma questão da cidade. A Feira está localizada no centro da cidade. O que
está claro nessa discussão é que ninguém que hoje tem sua banca fixa quer mais
montar e desmontar as barracas, é uma proposta descartada. Entretanto, estas
questões serão ponderadas, pois não se faz omelete sem quebrar os ovos,
queremos o mínimo de impacto. É uma decisão de Governo desobstruir a Rua Deputado
José Tavares, fazendo o ônibus sair da Integração passando por um corredor que
vai da 13 de Maio, passo pela Afonso Campos e atravessa toda a Rua Deputado
José Tavares, chegando até a Avenida Canal. Vamos pensar a Rua Deputado José
Tavares dentro do Planejamento Urbano da cidade”. Encerrando as discussões
sobre o tema, Professor Marcus
Vinícius fez uso da palavra dizendo que foram colocadas várias
alternativas que precisam ser analisadas e discutidas exaustivamente sobre a
Rua Deputado José Tavares. “É preciso que
haja muita sensibilidade por parte do Gestor Municipal. A ideia é garantir o
ônibus e o lugar dos feirantes”. Apresentou uma nova proposta que surgiu
nas conversas durante o almoço: “a ideia
é garantir uma faixa de doze metros passa circulação dos ônibus, com bolsões
para estes e lugares de feirantes”. A seguir o professor Marcus Vinícius apresentou para
discussão um novo tema: A Configuração
das Barracas. Disse que em alguns casos os pontos fixos permanecerão, mas
precisará ser considerada uma quantidade razoável de bancas que montam e
desmontam. Afirmou ainda: “a feira livre
é como um diafragma que aumenta e diminui, contrai e expande. Há a diversidade
de produtos com características da feira livre. Por outro lado há também a espontaneidade,
como a venda do milho apenas no mês de junho. As pessoas possam vir e se
agregar em épocas diferentes. Muita gente quer estar perto do Mercado, por isso
ao redor tem uma área de pedestre (calçadão) que terão bancas móveis e bancas
fixas. Não precisa fazer prédio para colocar tudo, nem todos querem estar em prédios. Para alguns
casos prédios, para outros o caráter de feira livre é importante”. A seguir Fabiano
de Melo (Arquiteto da SEPLAN) apresentou a síntese do trabalho em grupo: Áreas de
pedestres, Ruas cobertas, Barracas e Guarda das barracas desmontadas,
apresentou diversos desenhos arquitetônicos. Disse que há uma quantidade
significativa de feirantes que não vêm todos os dias para a feira,
comercializam seus produtos apenas nas quartas-feiras, sextas-feiras e
sábados. As bancas de madeira ficam amontoadas, é preciso discutir uma solução
para isso. A definição sobre a tipologia do material das barracas será definido
posteriormente. Falou ainda que é necessário encontrar locais para armazenar as
barracas móveis. E finalizou dizendo: “as
vias terão modificações, as barracas ficarão nas áreas centrais das ruas,
permitindo a circulação pelas laterais. Haverá uma organização que permite
montar e desmontar as barracas para liberar as fachadas, para que se retomem as
atividades nos imóveis”. Abriu-se para o debate. A seguir fez uso da
palavra o Senhor Valmir Pereira da Silva
(Gamela), da SEDUC. Lembrou, na oportunidade, a questão levantada pelos
Bombeiros sobre a entrada do carro do corpo de bombeiros, por isso as bancas têm
que ser pensados considerando isso. Outro ponto sugerido foi a instalação de
hidrantes setorizados e a construção de um mirante com a caixa d’água para
abastecimento dos hidrantes. Finalizando a discussão, o Professor Marcus Vinícius disse que é
fundamental garantir o acesso a ambulâncias e carros de bombeiros na Feira e
que o Projeto de Revitalização levará isso em consideração. A
seguir o professor Marcus Vinícius
iniciou a discussão de um novo ponto: Vestuário
e Calçados. Apresentando a síntese da discussão do grupo de trabalho,
relatou que foram construídas quatro propostas que serão apresentadas e
discutidas com o setor de calçados e vestuários. A primeira proposta é a ideia
de instalar o pessoal do setor na área do Pau do Meio, revitalizando-a para
comercialização do setor de calçados e vestuários. Neste momento fez uso da
palavra o Professor Joca, que
disse: “esse tipo de mercadoria exige
exposição e ao mesmo tempo precisa estar protegido”. Sugeriu a ideia de se
utilizar estruturas metálicas com vitrines de vidros. Frisou mais uma vez que “são idéias que precisam ser discutidas com
o setor”. A segunda proposta é a realocação do pessoal do setor para áreas
vazias, um local dedicado exclusivamente para o comércio de calçados e
vestuários. A terceira ideia seria alocar os comerciantes dentro dos galpões,
entretanto não foi definido o local. A quarta ideia girou em torno da
construção de um prédio específico para o setor, concomitante ao edifício
garagem. Abriu-se para debate. Fez uso da palavra a Senhora Amanda do setor de vestuário e
confecções. Disse que é preciso manter o setor de vestuário junto ao de
calçados, manter os pontos fixos e permanecer a feira no mesmo local, na Rua
Marcílio Dias. Ao fazer uso da palavra, o Senhor Antônio Mariano de Araújo, setor de confecções, disse que,
dentre as propostas apresentadas, a que mais agrada é a proposta da realocação
para a área do Pau do Meio. Disse ainda que “nenhum
comerciante de vestuário quer sair de onde está, quer permanecer junto ao setor
de calçados”. A Arquiteta da SEPLAN, a Senhora Verônica do Vale fez uso da palavra e disse achar interessante
a ideia dos galpões. Prosseguindo as discussões, fez uso da palavra o
Secretário Márcio Caniello. Achou
interessante também as ideias dos galpões e acrescentou que os imóveis têm o pé
direito alto, o que dá para aproveitar e fazer estoque na parte superior. A
seguir o professor Marcus Vinícius
apresentou mais um ponto a ser discutido: A Feira como Patrimônio Cultural e Selo Verde. Apresentou vários slides que
foram discutidos: Negócios Sustentáveis (Registro de patrimônio imaterial da
feira; Certificação sustentável (Selo Verde); e Objetivos (Atração de novos
clientes e Atração de novos negócios sustentáveis)). O Professor Marcus disse
que a Feira enquanto patrimônio cultural e imaterial é fundamental para a
memória e a identidade de um povo. Disse ter receio de que “depois da reforma se desmanche o que foi pensado para a feira”. Falou
sobre as formas de investimento para entender o patrimônio como retorno
econômico, com o objetivo de atrair clientes. Prosseguindo as discussões, fez
uso da palavra o Senhor Emanuel
do IPHAN. Disse que a Feira de Campina Grande precisa ser reconhecida na
Paraíba e no Brasil como um todo e que há demora em reconhecer.
Frequentemente as fases de reconhecimento são: Fazer uma
pesquisa, reconhecer por meio de legislação, e fazer um plano de salvaguarda.
No caso de Campina está começando pela terceira: está começando pelo plano. O
reconhecimento facilita para ter mais força política de melhorias para própria
feira, para conseguir recursos com a Petrobras, BNDES. O Professor Marcus Vinícius mais uma vez
retomou a palavra e mostrou a importância de reconhecimento da feira para os
feirantes, o Selo Verde e que as pessoas podem economizar energia com economia
de dinheiro. Fez uso da palavra o aluno da UFPB Pablo: diante da concentração de lixo orgânico, sugeriu o
trabalho com a compostagem, para servir de adubo. Explicou como ocorre o
sistema de compostagem, da coleta de resíduos até o adubo. Sugeriu aproveitar a
captura da água da chuva para limpar a Feira. Que a água que sai da rua deve
ser colocada junto ao esgoto, pois é contaminada. Sugeriu também aproveitar a
energia solar para abastecer os frigoríficos por meio de painéis solares. Apresentou
os seguintes slides: Tratamento de Resíduos Sólidos - Implantação de
infraestrutura e práticas de redução, reciclagem, reuso e resgate de resíduos
sólidos (pontos de coleta e praças de compostagem); Gestão de Águas - água
potável, gestão de águas pluviais, gestão de chorume e esgotamento sanitário; e
Eficiência Energética - Estratégias passivas relacionadas com equipamentos
eficientes e com o clima buscando uma redução no consumo de eletricidade, lenha
e gás, e um aumento do uso de fontes renováveis de energia. Abriu para
discussão. A seguir fez uso da palavra a Senhora Natália (Arquiteta): “os
painéis fotovoltaicos talvez não seja a melhor alternativa, talvez a energia eólica
seja a mais eficiente. E também tem que pensar em economizar energia. Trocas o
sistema de iluminação existente por outra que economize mais energia. Os selos
de sustentabilidade consideram a eficiência do sistema como algo fundamental”.
O Professor Lincoln (UFCG) fez
uso da palavra apresentando a preocupação com o sistema de transporte e
realocação dos feirantes. Disse que “implantar
uma linha de ônibus não vai adiantar de nada. Campina Grande tem uma área
central muito forte, diferentes de outras cidades. Deve-se pensar de forma
participativa. A feira não pode ser fragmentada, que podem gerar mais problemas
do que existem hoje”. Concluindo os trabalhos, o Secretário Márcio Caniello e o Professor Marcus Vinícius fizeram os agradecimentos. Marcus Vinícius agradeceu ao
IPHAN, IPHAEP, professores e alunos da UFPB, UFPE e (Arquitetura, Engenharia
Civil, Design, Antropologia, Geografia – UFCG), Secretarias Municipais, a todos
os feirantes e comerciantes, pela acolhida e confiança e finalizou dizendo que
novos eventos como esse podem e devem se
repetir e que as pessoas devem participar do processo. E disse ainda: “É uma ação histórica, a cidade é das
pessoas, tudo que a gestão se dispuser a fazer tem que ser dialogado da melhor
forma possível”. A seguir o Secretário Marcio Caniello, fez os
agradecimentos a todos que fizeram da Oficina Participativa um sucesso. Agradeceu
a Vigilância Sanitária, STTP, ao Vereador Olimpio Oliveira, agradeceu a todas
as Secretarias municipais envolvidas, elogiou o trabalho de todos da SEPLAN e disse
que “as atividades foram de altíssima
qualidade, teremos agora subsídios que foram construídos de forma democrática e
republicana. Essa concepção certamente influenciará o restante dos trabalhos”.
Falou que a associação dos Feirantes precisa ser fortalecida. Disse ainda: “É preciso pensar no processo de forma
democrática, participativa, coletiva, colocar o otimismo e enfrentar as
questões”. Agradeceu ainda a Agnaldo Batista e todo o pessoal da feira.
Agradeceu à UFCG pela parceria. Agradeceu ao que chamou de “aquário”, o escritório
ed arquitetura montado pela empresa Estrutural, autorizado pelo Secretário de
Desenvolvimento Econômico, Sr. Luís Alberto. Finalizou dizendo: “Agora não é momento de se ficar defendendo
teses acadêmicas acerca de fragmentação ou desfragmentação da Feira Central. Estamos
fazendo a coisa a partir do diálogo, estamos todos de parabéns, os resultados
foram além das expectativas, temos um calendário a ser cumprido de interação
permanente com todos os atores envolvidos.” Por fim expressou-se
entusiasmadamente “VIVA A FEIRA CENTRAL
DE CAMPINA GRANDE”, ao que foi secundado por todos os presentes com grande
entusiasmo e palmas. Nada mais havendo a tratar, foi lavrada por mim, Edilza Vidal de Oliveira
(SEPLAN/PMCG), a presente ata, que assino juntamente com o Sr. Marcio de Matos Caniello,
Secretário de Planejamento da PMCG e o Sr. Marcus
Vinícius Dantas de Queiroz (CAU/UFCG), coordenador da plenária. As
assinaturas dos presentes acima nominados e referenciados constam na lista de
presença que se encontra anexa à ata. Campina Grande, dois de junho de 2013.
Márcio de Matos Caniello
Presidente da Plenária
Marcus Vinícius Dantas de Queiroz
Coordenador da Plenária
Edilza Vidal de Oliveira
Secretária da Plenária
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