sábado, 24 de abril de 2010

A USINA DE BELO MONTE: MAIS UMA VITÓRIA DO MAIOR ESTADISTA DA HISTÓRIA DO BRASIL

Globo Online - Enquanto o mercado ainda estava atordoado com a vitória do consórcio Norte Energia na licitação da hidrelétrica de Belo Monte, na terça-feira, representantes das empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht procuraram a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informando interesse em aderir ao consórcio vencedor, como mostra reportagem de Eliane Oliveira e Gerson Camarotti, publicada na edição deste sábado, no GLOBO.

As maiores construtoras do país - que desistiram de entrar na disputa 15 dias antes do certame alegando que os parâmetros do edital eram inviáveis - foram o estopim da intervenção federal no leilão, com a formação orientada pela União de um segundo consórcio, que de azarão virou o dono da maior obra do Brasil.

As duas se anteciparam, mas não foram as únicas. A Andrade Gutierrez, que liderava o consórcio favorito, também procurou a Chesf para dizer que, ainda que só participe como contratada, mantém o interesse na obra. Terceira maior do país, a Andrade formou com a Camargo e a Odebrecht o trio de empreiteiras que fizeram o estudo para o projeto de Belo Monte.

Além das construtoras, Gerdau, CSN e Braskem procuraram a Chesf. A Vale, parceira da Andrade no grupo derrotado, também demonstrou interesse ao governo, apesar das restrições legais - a empresa só pode entrar após a assinatura do contrato de concessão. Ontem, as ações PN da Gerdau subiram 2,59%, depois de o presidente do Conselho de Administração da empresa, Jorge Gerdau Johannpeter, ter afirmado, num fórum empresarial na Bahia, que cogita entrar em Belo Monte.

- O jogo de xadrez começou e cada um já começa a movimentar suas peças. Mas a Chesf é a dona do jogo - disse uma fonte do governo.

Governo Lula deu mais um show de competência. As grandes empreiteiras tentaram chantagear o governo tentando nos convencer que era um mau negócio, conseguiram o apoio incondicional da imprensa, mas o governo não cedeu.

O resultado é que o leilão foi um sucesso, com deságio e ainda por cima agora todos querem aderir.

Mas a Chesf é a dona do jogo.

O artigo do Leonardo Attuch para a revista IstoÉ Dinheiro, reproduzido abaixo, descreve com precisão o jogo de xadrez desse leilão, apenas erra quando diz que "primeira vez em oito anos, o governo decidiu peitar o cartel das grandes empreiteiras". Não é verdade. Já peitou outras vezes, como nas concessões de estradas federais, nos leilões de Jirau e Santo Antônio, na Transposição. Em todos esses leilões as empreiteiras apostaram em um preço maio, ameaçando abandonar, mas acabaram por ceder ao jogo duro liderado pela Casa Civil. Triste foi a maior parte da imprensa apoiar o jogo do cartel, apenas para poder criticar o governo Lula mais uma vez.
Lula deu um basta

Luiz Inácio Lula da Silva é um homem livre. Já se elegeu presidente duas vezes, tem 83% de popularidade e não precisa mais prestar satisfações aos eternos doadores de campanha. Sua candidata talvez ainda necessite deles, mas Dilma é Dilma, Lula é Lula. E o que se viu em Brasília na semana passada, no leilão para a hidrelétrica de Belo Monte, foi notável. Pela primeira vez em oito anos, o governo decidiu peitar o cartel das grandes empreiteiras. Antes da disputa, dois consórcios estavam formados, mas isso não significava que haveria concorrência. O que estava combinado entre as construtoras, qualquer que fosse o resultado, era uma divisão da maior obra dos próximos anos, de quase R$ 20 bilhões, da seguinte forma: 25% para a Camargo Corrêa, 25% para a Odebrecht, 25% para a Andrade Gutierrez, 15% para a Queiroz Galvão e 10% para a OAS.

No meio do caminho, a Queiroz Galvão avaliou que merecia os mesmos 25% das construtoras maiores. E, articulada com a Chesf, uma das principais geradoras de energia do País, formou um novo grupo. Só que, às vésperas do leilão, a Queiroz também tentou impor suas próprias condições: ficaria no grupo, desde que levasse 80% das obras civis. Não obteve a garantia, que era imoral, quase uma chantagem, e pulou fora do consórcio. Foi o que bastou para que começasse a gritaria: “A tarifa é barata demais”, “Não vão entregar a obra”, e assim por diante. Alheio às pressões, o presidente apenas disse que, se as grandes empreiteiras não quiserem participar do projeto, azar. Belo Monte será construída pelo que Lula chamou de “barrageiras dos novos tempos”.

Capacidade de construir hidrelétricas é o que não falta no Brasil, um país que já ergueu Furnas, Itaipu e muitas outras barragens. E se em Belo Monte o preço será menor, tanto melhor. Aliás, a tarifa caiu justamente porque o governo definiu que a taxa de retorno do projeto deveria ser de 8% ao ano, e não de 12%, como queriam as empreiteiras. Uma remuneração de 8%, acima da inflação, já é satisfatória em qualquer país civilizado – e não há razão para que seja diferente no Brasil.

Depois da choradeira das construtoras, também passaram a dizer que uma eventual entrada dos fundos de pensão em Belo Monte significaria a estatização do projeto. Mais uma grande bobagem. Os fundos, embora sejam ligados a empresas estatais, são entidades privadas, que pertencem a seus funcionários. E que têm a obrigação atuarial de entregar um retorno de 5,5% ao ano, acima da inflação, aos seus cotistas. Entrar em algo com ganho estável de 8%, e duração de 30 anos, representa um baita filé. O fato é que o Brasil necessita da energia de Belo Monte para crescer – e pode muito bem dispensar um cartel de empreiteiras.
http://www.aleporto.com.br/blog.php?tema=6&post=2481

domingo, 18 de abril de 2010

Entenda a Representação do MSM

Após a publicação deste post, passarei o domingo trabalhando na representação que o Movimento dos Sem Mídia irá protocolar no Ministério Público Eleitoral na semana que entra (vide post anterior), na qual pedirá investigação sobre as pesquisas eleitorais.

Haverá uma divisão de tarefas entre o diretor-jurídico da ONG, o dr. Donizeti, e este que escreve. A parte fática (descrição dos fatos que motivam a peça) ficará a meu cargo, enquanto que caberá ao advogado dar forma jurídica ao texto.

Pretendemos protocolar a representação até terça-feira, no máximo.

Apesar do longo trabalho que tenho pela frente, decidi escrever este post porque parte dos leitores não compreendeu meus motivos para ter decidido pedir à Justiça que intervenha em um processo que considero danoso não a esta ou àquela candidatura, mas à democracia.

Em primeiro lugar, temos que entender e aceitar que nenhuma pessoa honesta pode afirmar, com cem por cento de certeza, qual ou quais dos quatro mais importantes institutos de pesquisa que atuam no Brasil (Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi) diz ou dizem a verdade.

Só o que se pode afirmar sem sombra de dúvida é que ao menos um deles está mentindo descaradamente, de uma forma que julgo criminosa. Porque não é possível que pesquisas feitas com intervalo de algumas semanas apresentem resultados tão diferentes.

Ultimamente, a mídia passou a divulgar largamente, através de artigos, reportagens e editoriais, que pesquisas não devem ser comparadas quanto a números crus e, sim, quanto às tendências que se revelam entre a divulgação de cada sondagem do mesmo instituto.

Nos gráficos abaixo, comparo as sondagens de quatro institutos desde o fim do ano passado. O cenário de candidatos escolhido foi o que tem sido mais destacado pela mídia, envolvendo os pré-candidatos do PT e do PSDB mais Ciro Gomes e Marina Silva, sendo que os dois últimos não aparecem no estudo para facilitar sua compreensão.


Ibope


Sensus


Vox Populi


Datafolha


O que estes gráficos revelam – não só pelos critérios sobre tendências amplamente expostos pela mídia, mas também por conta de matérias acusatórias lançadas pelo jornal Folha de São Paulo, dono do Datafolha, contra os institutos Sensus e Vox Populi, de que teriam fraudado seus números – é que um ou mais desses institutos está ou estão mentindo.

A tendência revelada pelo Datafolha diverge de Ibope, Sensus e Vox Populi, como mostram os gráficos. E mesmo que na próxima pesquisa Ibope, a ser divulgada nos próximos dias, os números se aproximem dos do Datafolha, haverá divergência de dois institutos contra outros dois.

Não é possível que um ou dois institutos mostrem Serra subindo e Dilma estagnada ou caindo e dois ou três mostrem o contrário em espaço tão curto de tempo – no caso de Datafolha e Sensus, no espaço de uma semana.

É aqui que quero dar uma explicação.

Alguns leitores recomendaram-me que não mexa nisso, que não faça representação nenhuma, porque a Justiça seria “tucana” e, assim, acabaria prejudicando o PT e referendando o Datafolha.

Será que se referem à mesma Justiça que cassou governador e prefeito da coalizão de Serra e pôs na cadeia seu mais cotado candidato a vice?

Acho que uma das poucas instituições que estão funcionando na política brasileira tem sido a Justiça, sobretudo a Justiça Eleitoral, que tem agido com total isenção, multando Lula ou cassando Cassio Cunha Lima e Gilberto Kassab e prendendo José Roberto Arruda.

Além disso, não acho que importa, aos verdadeiros democratas, qual dos institutos está mentindo e, sim, se algum deles mente. Se forem Sensus e Vox Populi, por exemplo, acho inaceitável, mesmo que suas supostas fraudes beneficiem a facção política que apóio.

Não quero “vencer” uma eleição por meio de fraudes como essa. Quero “ganhar” ou “perder” de forma limpa, digna, honrada, justa e democrática, pois um país só avança quando esses valores prevalecem também na mentalidade dos atores políticos que somos todos nós, candidatos, mídia e eleitores.

Este blog se chama Cidadania, não politicagem. Foi criado para estimular as pessoas a abandonarem essa nefasta mania do brasileiro de deixar tudo para lá, de conviver com o que está errado por puro comodismo, estimulando-as a ficarem sempre do lado mais justo seja ele qual for.

Esta tem sido minha luta aqui, ainda que alguém possa pensar outra coisa. Não trabalho para políticos, mas para o Brasil.

Agora, deixo-os com estes esclarecimentos e vou trabalhar pela democracia brasileira durante o resto do domingo compondo a peça que o MSM apresentará à Justiça Eleitoral na semana que entra, doa a quem doer.



Escrito por Eduardo Guimarães às 10h28

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Os jornais em parafuso

Por Washington Araújo em 30/3/2010

E os jornais entraram em parafuso. O assunto rendeu manchete, colunas políticas, notas, e editoriais inflamados. Tudo porque a Constituição Federal, promulgada em 1988, conhecida como a Constituição Cidadã – aquela sim, a mesma que ficou congelada na foto histórica e hoje a todos acessível, no momento mesmo em que o doutor Ulysses Guimarães a erguia na mão. Pois bem, a Constituição assegurava a todos o direito à livre expressão. E à circulação de idéias. E à liberdade de pensamento. E de imprensa também. Uma coisa é que o que está esculpido na Constituição, outra coisa bem diferente é o que cada um entende dos direitos fundamentais, da cidadania, do Estado democrático de direito. Pelo que li nos jornais de quinta-feira (25/3), passei a supor que o todos mencionado na Constituição exclui, logo de saída, a pessoa do presidente da República.

É um todos assim meio envergonhado, uma espécie de marquise que abriga a todos, menos o chefe do Poder Executivo, o presidente eleito através do voto universal e secreto em duas eleições seguidas – 2002 e 2006 – pelo mesmo povo brasileiro que, em 1986, elegeu um Congresso Constituinte composto por 559 parlamentares, 487 deputados e 72 senadores, e presidida pelo deputado Ulysses Guimarães, conhecido à época como o "Senhor Diretas". Foi uma Constituinte diferente porque foi alvo da pressão popular que conquistou o direito de apresentar emendas. Essas emendas alcançaram o total de 12.265.854 assinaturas.

"O vezo antidemocrático"

Vamos ao que interessa. Essas foram as manchetes dos grandes jornais no dia 25/3/2010:

** Folha de S.Paulo:

Editorial – "Devaneio autoritário" ; "Para presidente, imprensa cobre com `má-fé´ a ação do governo"

** O Globo – "Lula fala em continuidade e ataca a imprensa"

** O Estado de S. Paulo – "Lula volta a acusar imprensa de má-fé"

O editorial da Folha expressa sua total contrariedade já a partir do título – devaneio autoritário. E alinha algumas sacações da empresa, a meu ver, muito equivocadas. Derrapadas mesmo. Exemplos? "O vezo antidemocrático de Lula se expõe quando o que está em pauta é a divergência de opinião e a liberdade de imprensa".

Ora, ora, quem está sendo antidemocrático? O presidente porque fala de sua insatisfação com a imprensa ou o jornal porque não aceita ser criticado pelo presidente? E se o que está em pauta é "a divergência de opinião", é no mínimo curioso que o editorialista acuse nos outros o pecado que comete: o jornal procurou aceitar a "opinião divergente" emitida pelo presidente sobre nossa grande imprensa? Afirma o editorial: "Lula não tolera ser criticado e convive mal com esforços de fiscalização de seu governo".

Cadê o ataque?

Desde quando mostrar insatisfação com a cobertura da imprensa pode ser tachado de intolerância? Teria ele ordenado a invasão dos jornais, a prisão de jornalistas, a não-renovação de concessão para funcionamento de emissoras de rádio ou TV? Não. Então, cadê a intolerância? Ou intolerância é qualquer ato de não alinhamento automático com as posições da imprensa?

Fico por aqui. O editorial empilha idéias que não ficam de pé por si mesmas. Na reportagem da Folha, chama a atenção o subtítulo: "Presidente volta a criticar a imprensa, afirmando que a leitura de `determinados tablóides´ o deixa triste todas as manhãs". Um caso raro em que o subtítulo e o título da matéria parecem brigar pelo tom a ser dado ao texto. O título carrega no "má-fé"; o subtítulo arredonda para o estado de humor do presidente, algo que "a leitura que o deixa triste". E durma-se com um barulho destes.

O carioca O Globo escala o beligerante verbo "atacar". Quem não teve tempo de ler nada mais que a manchete deve ter ficado com a pulga atrás da orelha: como foi o ataque do presidente à imprensa? O presidente ameaçou fechar jornais? O presidente exigiu, como se fazia em passado recente, a demissão de algum jornalista em especial? O presidente deu nome aos bois: a revista Y é tendenciosa ao extremo e só publica inverdades; o jornal X chantageia o governo em troca de favores oficiais; a TV Z é comprada pelo capital especulativo e predador.

Não achamos nada disso na reportagem. Então, cadê o ataque presidencial à imprensa? Será este excerto?: "Para ele, esses críticos gostariam que houvesse alguma desgraça no país para que pudessem afirmar que ele, por não ser `letrado´, não tem capacidade para administrar o país".

"Predileção pela desgraça"

Será que ninguém nunca olhou enviesado para a cobertura feita por determinado órgão da imprensa para o governo atual e, avanço mais, será que nunca o leitor minimamente incauto não identificou as pegadas do preconceito social e cultural deste ou daquele articulista sobre a figura do presidente? O que ele disse foi elaborar de outra maneira a clássica lição das faculdades de Jornalismo: "Notícia é um homem morder um cachorro e não o contrário". É ilustrativo repercutir essas aspas do presidente encontradas em O Globo:

"Fico imaginando daqui a 30 anos, quando alguém quiser fazer uma pesquisa sobre a história do Brasil e sobre o governo Lula e tiver que ficar lendo determinados tablóides. Ou seja, esse estudante vai estudar uma grande mentira neste país. Quando, na verdade, poderia estar estudando a verdade do que aconteceu neste país."

Li a frase em voz alta, de mim para mim, apenas para encontrar algum tom de agressividade, alguma forma insuspeita de ataque à imprensa e confesso que não encontrei traço algum. Está muito mais para desabafo que para um ataque do presidente.

O vetusto Estadão segue a mesma toada dos irmãos-maiores. Título: "Lula volta a acusar a imprensa de má-fe". Subtítulo: "Lula se diz vítima de `má-fé´ da mídia". O objetivo é tratar o desabafo (sim, banco o termo) presidencial como sendo um elo adicional à corrente de acusações do presidente à imprensa e, logo em seguida, joga luz ao discurso vitimizante do presidente. O jornal dos Mesquita é bem mais transparente na forma aprovada para dar ares de escândalo e de ofensa ao que, no fundo mesmo, nada tinha de escândalo e muito menos de ofensa. Destaco o trecho que realmente importa:

"O presidente, no discurso de ontem, disse que estava fazendo o desabafo para o noticiário não piorar ainda mais. `Se você se acovardar, eles (jornais) vêm para cima. Se tem uma coisa que não temos que ter é vergonha do que fizemos neste país´, afirmou. Ele reclamou, em especial, da cobertura das inaugurações de obras. `Esses dias eu fiquei triste. Inaugurei duas mil casas e não vi uma nota no jornal. Mas, quando cai um barraco, eles dizem que caiu uma casa´, disse. `É uma predileção pela desgraça.´ Ele ainda reclamou que empresários do setor foram convidados a participar da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), organizada pelo governo no ano passado, mas não compareceram."

Olho no olho, gestos largos

Sublinhei o substantivo masculino "desabafo" propositalmente. Ao menos um dos três grandes jornais do país reteve a mesma percepção que tive ao ler as declarações do presidente no dia 24/3/2010. Nem ataque, nem acusação; desabafo de um presidente.

O Estadão fez a cobertura mais equilibrada ao informar seus leitores o pensamento do presidente usando suas próprias palavras. Quando lemos o excerto acima de olhos fechados conseguimos imediatamente imaginar estas palavras sendo ditas pela boca presidencial. A menção ao "valor-notícia = 0" para inauguração de 2 mil casas e para o "valor-notícia = 100" concedido quando cai um barraco e... sua prosaica conclusão de que, uma vez formada a equação com tais variáveis, o resultado só pode ser "uma predileção pela desgraça" é típico do pensamento e da visão de mundo do presidente. E é sincero. Não precisa ser presidente para concordar com este raciocínio, tal a clareza, a transparência do enunciado, a assertividade da conclusão. E não deixou passar em branco o boicote que empresários da grande imprensa, inclusive suas entidades classistas, fizeram quando da Confecom. Uma resposta ao encontro do Instituto Millenium.

O presidente da República apresentou à nação um novo figurino de chefe do Executivo. Um presidente falante, que fala língua das ruas, becos e vielas, que fala com o ribeirinho à margem do rio Juruá, no Amazonas, com a mesma desenvoltura com que responde a uma pergunta formulada pela rainha Elizabeth II, do Reino Unido. Para ele, trocar cinco minutos de prosa com catadores de material reciclável na periferia de São Paulo tem a mesma importância que discutir em Davos, na Suíça, os rumos que a economia mundial é forçada a trilhar.

Neste figurino encontramos o sujeito que, ao que tudo indica, pode até não saber a diferença entre conjunções coordenativas adversativas, aquelas que possuem a função de estabelecer uma relação de contraste entre os sentidos de dois termos ou duas orações de mesma função gramatical, e as conjunções subordinativas causais, aquelas que subordinam uma oração a outra, iniciando uma oração que exprime causa de outra oração, à qual se subordina. Afinal, pensando bem, será mesmo imprescindível que um governante saiba a diferença entre as duas conjunções?

É um figurino feito para nocautear qualquer assessoria da Presidência. O sujeito simplesmente dispensa os textos pré-escritos, prefere uma vez em mil escrever o texto ali mesmo diante da audiência, olho no olho, com gestos largos, metáforas nascidas no sufoco do último Fla x Flu, conselhos aos técnicos de futebol entremeados com o tema da inauguração, seja um hospital ou um novo trecho da nossa Transiberiana, a eterna construção da nossa conhecida ferrovia Norte-Sul.

Não pode falar da imprensa

O estilo de contumaz "sincericida" (aquele que comete sincericídio) pode estar na origem da aprovação popular que desfruta para desgosto de quem escreveu o editorial da Folha, quando ao referir-se ao presidente disse que "agora, ao criticar mais uma vez a imprensa, comporta-se como quem aspira à unanimidade – algo que está longe de ser um padrão democrático." Se as declarações do presidente, quando reunidas, se transformassem em bolo... diríamos então que o editorial da Folha sob enfoque seria sua cereja. É verdade que a grande imprensa até que se esforça para não vestir as carapuças distribuídas com generosidade pelo presidente. Verdade também que estas, quando bem encaixadas – como é o caso do editorial aventado –, vestem muito bem.

Por dizer o que pensa e não o que os assessores gostariam que ele dissesse, o presidente é duplamente rechaçado pela grande mídia. Suas frases escalam o topo das manchetes, principalmente se forem ardilosamente descontextualizadas. Um termo comum nas ruas do país passa batido por qualquer analista político ou redator de editorial. Mas se o termo provier da boca do presidente... é um Deus-nos-acuda!

E foi exatamente o que aconteceu em 10/12/2009. Em São Luís do Maranhão, o presidente, para afirmar que seu governo investe em saneamento básico, disse textualmente: "Eu quero saber se o povo está na merda e eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra". E como alguém que de bobo só tem os amigos, o presidente previu que seria criticado e disse que os comentadores dos grandes jornais destacarão o uso de um palavrão no seu discurso. Arrematou a função de vidente com a afirmação: "Mas eu tenho consciência de que eles falam mais palavrão do que eu todo dia e tenho consciência de como vive o povo pobre deste país" (escrevi sobre o assunto neste OI, "Ecos do Brasil profundo").

Tenho uma coleção de frases do presidente, pois afinal defendi tese na academia com o explicativo título-tema "As frases do presidente Lula", cobrindo os primeiros cinco meses de seu primeiro mandato, de 1/1 a 31/05/2003. Portanto, tenho assim um mínimo de conhecimento do assunto. Mas aqui o assunto é outro. O que me causa perplexidade é que este presidente, sempre tão loquaz, tão espontâneo, palpiteiro que dá dó, com um porcentual de aprovação do povo brasileiro na marca recorde de invejáveis 83%, pode falar de tudo... opa!, tudo não, ele não pode falar da imprensa. Mas o contrário, falar dele e de forma pouco lisonjeira, é a mais lídima verdade. A imprensa pode falar o que quiser, descontextualizar suas falas com grande regularidade, provocar sua indignação, reduzi-lo a um reles analfabeto que chegou à Presidência da República.

Político de duas palavras

Até o filme que retrata parte de sua vida parece ter como título O filho do Demo, e não O filho do Brasil: a revista Veja apresenta o filme em seu sítio como um dos 10 piores filmes da história do cinema brasileiro. Desde quando ter 900 mil espectadores em dois meses de exibição é um fracasso de público? Será que o filme não foi o sucesso que se esperava "porque os brasileiros sabem tudo sobre Lula"? E que os brasileiros podem vê-lo e tocá-lo todos os dias? Sabem toda sua história de menino pobre, contada mil vezes por ele mesmo?

Para chegar aos 83% de aprovação popular, pode-se inferir o que escreveu o diário espanhol El País:

"Os brasileiros gostam do Lula de verdade, de carne e osso, com seus erros de gramática quando fala, o Lula vestido por estilistas famosos, elegantíssimo em Davos, e o Lula com o boné da Petrobras e a camisa de operário, entre os camponeses do Movimento dos Sem Terra."

A mídia não gosta de seus amigos e faz questão que todos eles, assim de cambulhada, sejam tratados como persona non grata. Alguns bem controvertidos, polêmicos quando não ditadores, e tiranos. Alguns amigos do presidente – Fidel à frente, Hugo Chávez, Evo Morales, Cristina Kirchner, Fernando Lugo, Mahmud Ahmadinejad etc. – não podem ser convidados para a mesma mesa (nem para o mesmo restaurante) que a grande mídia brasileira. Mas, principalmente, os amigos do presidente e a grande mídia não deveriam nem mesmo fazer parte de uma mesma frase. O problema é que o presidente perseguiu uma política de boa vizinhança que o deixa muito à vontade com seus atuais amigos de infância, gente como Nicolas Sarkozy, Barack Obama, Silvio Berlusconi, Michelle Bachelet, Gordon Brown.

Se o presidente, para desanuviar a cabeça em seu gabinete no Palácio do Planalto, sintonizar a rádio que toca notícias, a CBN, terá cinco chances em cinco de ouvir os gracejos do jornalista Heródoto Barbeiro colocando no ar vinhetas editadas em que suas falas são confundidas com as falas do saudoso prefeito de Sucupira, o grande Odorico Paraguaçu. Essas vinhetas, sempre muito engraçadas, são difundidas apenas como forma de expressar o desalento da emissora e do apresentador para a pessoa do presidente.

Como o objetivo é ridicularizá-lo, chamá-lo de caipira, coronel do Brasil profundo, iletrado, fisiológico, tacanho, antiético, político de duas palavras (na linguagem do prefeito Odorico, seria `pessoa bivocabular´), entende-se que a vinheta deve ser do agrado de todo mundo que rende homenagens ao maior ator do Brasil, Paulo Gracindo. Dificilmente o presidente deveria gostar de ver sua voz, sua fala, ser ironizada e sarcasticamente apresentada como sendo do prefeito sucupirense.

Estamos nos idos de março. Pelo andar da carruagem, a temperatura poderá ferver bem acima do esperado antes mesmo de chegar setembro, outubro de 2010.

Relações cordiais

Se as declarações do presidente sobre a forma como a imprensa noticia seu governo são recebidas com tanto açodamento, entendo que não demora muito para que uma colisão se materialize. É fato que a relação entre governos e imprensa é em geral muito sensível, delicada e sempre à beira de um impasse ou, ao menos, de turbulências. Nos Estados Unidos, as relações entre o presidente Obama e alguns veículos de comunicação são profundamente conflituosas. Basta recordar que, não faz muito tempo, a Casa Branca informou que passaria a tratar a conservadora rede de TV Fox News como partido de oposição, e não veículo de comunicação.

Alguém já imaginou tal evento no Brasil? Alguém já pensou como seria a repercussão de um comunicado da Secretaria de Comunicação da Presidência da República dizendo que a partir daquela data o governo consideraria a revista Veja como porta-voz da oposição? Ou, então, a rede Globo ser vista como irmã siamesa da Fox News norte-americana, com viés eminentemente político-partidário e sempre vociferando contra tudo que traga consigo a lembrança do governo?

Ora, não preciso ser amigo da madame Carlota para, pegando de empréstimo sua bola de cristal, antever o clima do filme 2012 transbordando por toda a sociedade brasileira. No caso do Brasil, não consigo imaginar o presidente se policiando e se omitindo de expressar sua opinião sobre qualquer assunto, pois seria uma espécie de autossabotagem. Também não consigo ver a imprensa deixando de fazer o que acredita ser seu papel: noticiar tudo o que quer, da forma que quer e como deseja que seja vista, lida e analisada esta ou aquela ação governamental.

Uma coisa é certa: o Brasil nada ganha com uma queda de braço entre governo e mídia. Ao contrário, só tem a perder. As energias de um e de outro seriam deslocadas de sua missão principal para articular ataques e contra-ataques, baseados em fatos ou fundados em versões, criar escaramuças e tudo isso redundar na velha conhecida guerra das vaidades, dos egos inflados e feridos, mágoas e ressentimentos. É o momento de os dois aparentes antagonistas refletirem pausadamente sobre a relação que desejam ter porque só valorizamos o clima de harmonia entre governo e imprensa quando, infelizmente, já o perdemos.

É tempo de posicionar o carro dos bombeiros, conferir os equipamentos, atentar para o volume de água disponível. E esperar que estas relações sejam cordiais, quando não amistosas e sinceras. Sem dúvida, é algo mais fácil que – parafraseando Don Henley, vocalista do Eagles – o inferno congelar.

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=583IMQ005

quarta-feira, 31 de março de 2010

Críticos do PAC ignoram Rodoanel

Ainda entenderei por que toda vez que as tevês, revistas e jornais de Serra pressionam algum petista por conta de “atraso” nas obras do PAC o pressionado não pergunta por que não atacam também essa barbaridade que é o Rodoanel, que impede que tucanos e afins critiquem um programa que a comunidade internacional considerou que foi responsável pela reação da economia brasileira em 2009, no auge da crise internacional.

O Rodoanel é uma idéia antiga. Para que se tenha uma idéia de como se enterra bilhões em uma obra que não anda, e ainda sem que se tenha segurança de que representará o que prometem, vale lembrar que o anel viário no entorno de São Paulo, que permitiria que caminhões que cruzem o país não precisem entrar na capital paulista para seguir viagem, foi concebido nos anos 1950.

Trata-se de uma estrada de 177 quilômetros que começou a ser construída em 1998 pelo falecido governador Mario Covas e que agora chega à metade do círculo no entorno da capital paulista. Além da demora absurda na execução, o Rodoanel tem sido postergado por conta de montanhas de irregularidades em relação aos custos e até quanto à qualidade da obra, que recentemente viu um de seus viadutos mal feitos caírem sobre veículos em um de seus trechos.

Enquanto a mídia só se preocupa em criticar o impressionante conjunto de obras do PAC, obras que já chegaram à metade do total previsto apesar de que começaram a ser construídas em 2007, ignora-se investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) que encontrou indícios de superfaturamento na construção do trecho sul do Rodoanel, com participação direta da empreiteira Camargo Corrêa, alvo principal da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal.

Em termos práticos, metade das obras do PAC já terem sido entregues em menos de 3 anos enquanto que uma mísera estrada não anda em São Paulo há 12 anos mostra a pouca seriedade dessas críticas exclusivas e tendenciosas da imprensa ao programa do governo federal.

Quando se fala no atraso do Rodoanel ou da ampliação da pífia malha metroviária na capital paulista, a máquina parajornalística de Serra se apressa em arrumar desculpas para a inépcia tucana desfiando o velho rosário de dificuldades ambientais e de fiscalização, mas a mesma mídia não aceita as mesmas explicações do governo Lula para não ter executado inteiro, em míseros 3 anos, um pacote impressionante de obras que vão de rodovias a hidrelétricas.

Apesar disso, o PAC foi um dos maiores responsáveis pelo soerguimento da economia brasileira entre 2008 e 2009, no auge da crise. Com a paralisação do setor privado, assustado pela mídia para que parasse de investir, o que foi feito com o objetivo de ampliar a crise e facilitar a eleição de Serra neste ano, as obras do programa federal fizeram a economia continuar funcionando. Era o Estado induzindo o crescimento de que falam Lula e Dilma.

Já o PAC 2 é um conjunto de obras que dará norte ao próximo governo. Os estudos serão acelerados no decorrer deste ano e, em 2011, não se perderá tempo com a demorada etapa inicial da execução de projetos da envergadura dos que estão sendo propostos. Ou seja: os PACs, tanto o primeiro quanto o segundo, são do maior interesse da sociedade, mas são torpedeados pela conveniência política de um grupelho de picaretas.

Enfim, será que não dava para os petistas começarem a cobrar dos detratores do PAC essa obra interminável e exorbitante que é o Rodoanel, que os sucessivos governos tucanos NÃO conseguem terminar há uma década e meia? Garanto que a primeira vez que falarem claramente daquela barbaridade, a oposição e a mídia pensarão duas vezes antes de criticar o fantástico Programa de Aceleração do Crescimento do governo Lula.



Escrito por Eduardo Guimarães às 10h43

domingo, 21 de março de 2010

SOLENIDADE DE INAUGURAÇÃO DO CAMPUS DE SUMÉ


Transcrevo o discurso que proferi no dia 19 de março de 2010, por ocasião da inauguração do Campus de Sumé - Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG):

BOA NOITE SENHORAS E SENHORES. MINHAS SAUDAÇÕES AOS COMPONENTES DA MESA.

É COM GRANDE EMOÇÃO QUE REALIZAMOS A INAUGURAÇÃO DO CAMPUS DE SUMÉ, UM ATO SIMBÓLICO, JÁ QUE INICIAMOS NOSSAS ATIVIDADES LETIVAS EM SETEMBRO DE 2009, CUMPRINDO O COMPROMISSO QUE FIRMAMOS COM O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, COM A COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA DA UFCG E, SOBRETUDO, COM O POVO DO CARIRI PARAIBANO.

MAS, DIZ O DITADO, “QUEM CASA, QUER CASA”. DEPOIS DE TERMOS SIDO CARINHOSAMENTE ACOLHIDOS PELO COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ GONÇALVES DE QUEIROZ, SOB A DIREÇÃO DE NOSSA GRANDE PARCEIRA JAQUELINE DE OLIVEIRA, A QUEM AGRADECEMOS DE CORAÇÃO, FINALMENTE “ESTAMOS EM CASA”. ESTE ATO, PORTANTO, CONSUMA DEFINITIVAMENTE O CASAMENTO DA UFCG COM SUMÉ E COM O POVO CARIRIZEIRO.

ENQUANTO DIRETOR, TUDO QUE EU TENHO A FAZER NESTE MOMENTO É AGRADECER.

PRIMEIRAMENTE A DEUS, SEM CUJA VONTADE SEQUER UM TIJOLO TERIA SIDO ASSENTADO NESTE RECANTO ABENÇOADO. TAMBÉM A NOSSA SENHORA, MÃE DE JESUS E NOSSA GRANDE INTERCESSORA JUNTO AO PAI.

SALVE RAINHA, MÃE MISERICORDIOSA, VIDA, DOÇURA E ESPERANÇA NOSSA, SALVE!

TAMBÉM DEVO AGRADECER A LUCIANA CANTALICE, MINHA ESPOSA, PELA COMPREENSÃO, PELO APOIO E PELO ESTÍMULO QUE ME ESTEIAM NO ENFRENTAMENTO DOS DESAFIOS INTERPOSTOS POR UMA TAREFA TÃO COMPLEXA E DESGASTANTE QUE É A IMPLANTAÇÃO DE UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO. LU, OBRIGADO PELO COMPANHEIRISMO E PELA CONFIANÇA NESTE MARIDO QUE PASSA MAIS DA METADE DO SEU TEMPO APARTADO DO LAR.

MEUS AGRADECIMENTOS A THOMPSON FERNANDES MARIZ, MAGNÍFICO REITOR DA UFCG, QUE DEPOSITOU SUA CONFIANÇA NESTE QUE VOS FALA PARA COORDENAR A ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PLANO DE EXPANSÃO DA UFCG, TAREFA QUE DIVIDI COM MARTINHO QUEIROGA SALGADO – ATUAL VICE-DIRETOR DO CDSA – E RAMÍLTON MARINHO COSTA – ATUAL DIRETOR DO CAMPUS DE CUITÉ – A QUEM TAMBÉM AGRADEÇO PENHORADAMENTE NESTE MOMENTO.

FOI ESTE PLANEXP QUE PROPICIOU A CRIAÇÃO DOS CAMPI DE CUITÉ, POMBAL E SUMÉ. E QUE, TEMOS FÉ, PROPICIARÁ TAMBÉM A CRIAÇÃO DOS CAMPI DE ITAPORANGA E ITABAIANA, LEVANDO O ENSINO SUPERIOR PÚBLICO DE QUALIDADE A TODAS AS QUADRAS DA PARAÍBA, RISCANDO DO MAPA, DE UMA VEZ POR TODAS, AS “DIAGONAIS DA EXCLUSÃO UNIVERSITÁRIA” QUE FUNDAMENTARAM, COMO PRINCIPAL ARGUMENTO, O NOSSO PLANO DE EXPANSÃO.

ESTA É UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL PARA O FUTURO DA PARAÍBA, POIS NÃO PODEMOS DEIXAR NOSSOS JOVENS SEM A OPORTUNIDADE DE, ATRAVÉS DO CONHECIMENTO, A MAIS DEMOCRÁTICA DAS RIQUEZAS, REALIZAREM SEUS SONHOS E ELEVAREM NOSSO ESTADO À POSIÇÃO DE DESTAQUE QUE ELE MERECE NA CONSTELAÇÃO DA REPÚBLICA.

THOMPSON MARIZ, ESSA PERSONALIDADE VISIONÁRIA, ESSE ADMINISTRADOR CORAJOSO, ESSE LUTADOR INCANSÁVEL PELAS CAUSAS DA IGUALDADE SOCIAL E DO PROGRESSO DA PARAÍBA, OFEREÇO AS PALAVRAS DE BERTOLD BRECHT:

HÁ HOMENS QUE LUTAM UM DIA, E SÃO BONS;
HÁ OUTROS QUE LUTAM UM ANO, E SÃO MELHORES;
HÁ AQUELES QUE LUTAM MUITOS ANOS, E SÃO MUITO BONS;
PORÉM HÁ OS QUE LUTAM TODA A VIDA
ESTES SÃO OS IMPRESCINDÍVEIS

THOMPSON, VOCÊ TEM SIDO IMPRESCINDÍVEL PARA O ENGRANDECIMENTO DA UFCG E O TEMPO DEMONSTRARÁ QUE VOCÊ SERÁ IMPRESCINDÍVEL PARA O FUTURO DA PARAÍBA, HONRANDO A CEPA DOS MARIZ!!

AGRADEÇO ESPECIALMENTE AO PROFESSOR EDUARDO JORGE DE LIRA BONATES E SUA EQUIPE DA PREFEITURA UNIVERSITÁRIA, OS VERDADEIROS RESPONSÁVEIS PELAS OBRAS QUE HOJE INAUGURAMOS. HOMENAGEAMOS OS ARQUITETOS GLAURO E EVA, OS ENGENHEIROS DELA BIANCA, PAULO, BATISTA, MÁRIO E FERDINANDO; TODA EQUIPE ADMINISTRATIVA DA PU NA PESSOA DE CEIÇA; AOS COMPANHEIROS MOTORISTAS E TODOS QUE FAZEM A PU.

NA PESSOA DO DEPUTADO FEDERAL LUIZ COUTO – ESSA RESERVA MORAL DA CLASSE POLÍTICA PARAIBANA – HOMENAGEAMOS E AGRADECEMOS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA, UM SINDICALISTA QUE FOI PRESO PELA DITURA MILITAR QUANDO ORGANIZAVA OS TRABALHADORES DO ABC, MAS QUE, NO EXERCÍCIO DO PODER EXECUTIVO NACIONAL NÃO MOSTROU MESQUINHEZ E, COMO ESTADISTA ÚNICO QUE É, RESTAUROU O PAPEL CONSTITUCIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO, DELEGANDO ÀQUELA ARMA A EXECUÇÃO DO PROJETO MAIS IMPORTANTE DA HISTÓRIA PARA O NORDESTE BRASILEIRO, A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO.

UM TORNEIRO MECÂNICO, QUE ALGUNS CHAMAM DE ANALFABETO, REINVENTOU A UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA, LANÇANDO UM PROJETO DE EXPANSÃO OUSADO E SEM PAR NA HISTÓRIA DO BRASIL, QUE RESULTOU NA CRIAÇÃO DE MAIS DE 10 NOVAS UNIVERSIDADES E 100 NOVOS CAMPI, ENTRE OS QUAIS ESTE QUE HOJE INAUGURAMOS. ISTO DEPOIS DE TER HERDADO DO “PRÍNCIPE DOS SOCIÓLOGOS”, DOUTOR NA SORBONNE, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, O SISTEMA UNIVERSITÁRIO FEDERAL TOTALMENTE SUCATEADO. PARA DARMOS APENAS UM EXEMPLO, AO FINAL DO GOVERNO FHC, A UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, A MAIOR DO PAÍS, ESTAVA COM A ENERGIA ELÉTRICA E OS TELEFONES CORTADOS POR FALTA DE VERBA.

HOJE ESSA REALIDADE FAZ PARTE DO PASSADO, COMO TAMBÉM FAZ PARTE DO PASSADO O FORMULÁRIO NEOLIBERAL E A DOUTRINA DO ESTADO MÍNIMO QUE NOS ASSOLOU DURANTE ANOS, DEIXANDO O NOSSO POVO SOB O JUGO DOS INTERESSES SÓRDIDOS DOS ENTREGUISTAS E O BRASIL CURVADO FRENTE À COMUNIDADE INTERNACIONAL.

GOVERNADOR JOSÉ MARANHÃO, VOSSA EXCELÊNCIA SEMPRE TEVE CLAREZA QUANTO À NECESSIDADE DESTA TRANSFORMAÇÃO DE RUMOS, POIS FOI UM ALIADO DE PRIMEIRA HORA DO PRESIDENTE LULA, APOIANDO-O JÁ NO PRIMEIRO TURNO DAS ELEIÇÕES DE 2002 E SENDO LEAL A SEU GOVERNO NAS HORAS BOAS E NAS HORAS MÁS.

VOSSA EXCELÊNCIA, QUE FOI UM BALUARTE NA DEFESA DOS INTERESSES DA PARAÍBA E DO BRASIL NO CONGRESSO NACIONAL E QUE, GRAÇAS À JUSTIÇA, RECUPEROU SEU MANDATO DE GOVERNADOR, MANDATO ESTE USURPADO PELA VILEZA DA COMPRA DE VOTOS, TAMBÉM FOI UM PARCEIRO DE PRIMEIRA HORA DO PROJETO DE EXPANSÃO DA UFCG. VOSSA EXCELÊNCIA TEM OS MEUS MAIS RESPEITOSOS AGRADECIMENTOS PELA LUTA QUE EMPREENDEU AO LADO DO MAGNÍFICO REITOR PELA CRIAÇÃO DOS NOVOS CAMPI.

A UFCG E O POVO DA PARAÍBA DEVEM A VOSSA EXCELÊNCIA ESTE CAMPUS, POIS ELE SÓ FOI CRIADO EM VIRTUDE DA EMENDA DE VOSSA AUTORIA QUE CONSIGNOU 120 MILHÕES DE REAIS PARA A EXPANSÃO DA UFCG NO PLANO PLURIANUAL, EMENDA ESTA QUE POSSIBILITARÁ TAMBÉM A CRIAÇÃO DOS CAMPI DE ITAPORANGA E ITABAIANA, ALÉM DAS ESCOLAS TÉCNICAS DE SÃO JOÃO DO RIO DO PEIXE E DE SANTA LUZIA, ALI PREVISTOS.

GOVERNADOR, MUITO OBRIGADO!!

QUERO TAMBÉM RENDER MINHAS SINCERAS HOMENAGENS A UMA PESSOA ESPECIAL, UM PARCEIRO INIGUALÁVEL, UM ENTUSIASTA QUE NÃO MEDIU ESFORÇOS PARA QUE ESTE CAMPUS FOSSE INAUGURADO. SÓ QUEM VIVE A LABUTA NO COTIDIANO DO FAZER SABE O VALOR DA SOLIDARIEDADE. E ESTE É UM HOMEM SOBRETUDO SOLIDÁRIO. FALO DO DOUTOR FRANCISCO DUARTE DA SILVA NETO, UM GESTOR COM OS PÉS E AS MÃOS NO PRESENTE, A VISÃO NO FUTURO E A MENTE SEMPRE LIGADA NO POVO DE SUMÉ.

DOUTOR NETO, NÃO TENHO PALAVRAS PARA LHE AGRADECER, MAS PODE CRER QUE CULTIVAREI COM CARINHO A AMIZADE QUE CONSTRUÍMOS NO DIA A DIA DA CONSTRUÇÃO DO CDSA.

NAS PESSOAS DA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO BETÂNIA E DO VICE-PREFEIRO ÉDEN, AGRADEÇO A TODA EQUIPE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SUMÉ.

QUERO TAMBÉM FAZER UM AGRADECIMENTO ESPECIAL À PROFESSORA QUINQUINHA, DIRETORA DA EAS. DIVIDIMOS O MESMO ESPAÇO E AS MESMAS ESPERANÇAS QUANTO AO FUTURO DAS CRIANÇAS CAMPONESAS DO CARIRI. A ELA DEVEMOS A BELA DECORAÇÃO DO CAMPUS NO DIA DE HOJE. QUINQUINHA, VOCÊ É DEZ!!

FINALMENTE, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE, QUERO AGRADECER DE CORAÇÃO A TODOS OS QUE FAZEM O CDSA E QUE ATURAM ESTE QUE VOS FALA NO DIA A DIA ESTRESSANTE DA IMPLANTAÇÃO DE UM CAMPUS. PRIMEIRAMENTE ÀQUELES POUCOS, MAS ABNEGADOS PROFESSORES E SERVIDORES QUE, DESDE O FINAL DE 2008, VESTIRAM A CAMISA DO CDSA E NÃO MEDIRAM ESFORÇOS PARA SUA CONCRETIZAÇÃO, ELABORANDO OS PROJETOS DOS CURSOS, PREPARANDO OS CONCURSOS PÚBLICOS E TRABALHANDO PARA A REALIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO DOS VESTIBULARES, ENTRE OUTRAS TAREFAS URGENTES E URGENTÍSSIMAS.

MINHAS HOMENAGENS AOS PROFESSORES HUGO MORAIS DE ALCÂNTARA, MARIA DO SOCORRO SILVA, JOSÉ IRELANIO DE ATAÍDE, ROZENVAL DE ALMEIDA SOUSA, VANDERLAN LEITE DE OLIVEIRA, ANTÔNIO DA SILVA CAMPOS JUNIOR, NADEGE DA SILVA DANTAS E MAGNÓLIA CAMPOS EM NOME DE QUEM SAÚDO TODOS OS PROFESSORES DO CDSA.

AOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DIEGO GADELHA DE MENEZES, RAFAEL GALDINO MAIA, FRANCISCO PAULINO FILHO, GUSTAVO VILARIM DE FARIAS LEITE, JOSÉ BRAULIO JAPIASSU, SÉRGIO MARCELO ARAÚJO BARROS DE OLIVEIRA, DANIELLA CIBELE BEZERRA, THIAGO PEREIRA FERNANDES E ESPECIALMENTE, AO MEU “IRMÃO” SEVERINO RAMOS SIMÕES, EM NOME DE QUEM CUMPRIMENTO TODOS OS SERVIDORES TÉCNICO ADMINISTRATIVOS DO CDSA.

NESTE MOMENTO NÃO PODERIA DEIXAR DE AGRADECER AOS NOSSOS COLABORADORES TERCEIRIZADOS QUE VIABILIZAM O FUNCIONAMENTO DO CAMPUS NO SEU DIA A DIA. NA PESSOA DE DANIELSSON ALVES DINIZ AGRADEÇO AOS PEDREIROS, SERVENTES DE PREDREIROS, AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS, AUXILIARES DE LIMPEZA, RECEPCIONISTAS, TELEFONISTAS, PORTEIROS, VIGILANTES, ENFIM, A TODO O PESSOAL CHEFIADO TÃO COMPETENTEMENTE PELO PREFEITO DO CAMPUS, JOSÉ BRÁULIO JAPIASSU, A QUEM AGRADEÇO ESPECIALMENTE.

FINALMENTE, QUERO MANIFESTAR MINHA GRATIDÃO À EQUIPE QUE ORGANIZOU ESTE EVENTO E QUE NÃO MEDIU ESFORÇOS PARA QUE TUDO FICASSE PRONTO A TEMPO E A CONTENTO PARA A INAUGURAÇÃO DO CAMPUS. NAS PESSOAS DO PROFESSOR MARTINHO SALGADO, DA SECRETÁRIA LYANA SILVA E CAVALCANTE, DO GERENTE DE ASSUNTOS ESTUDANTIS PAULO RANIERE PEREIRA DE SOUSA E DO GERENTE DE OBRAS FÁBIO DE LUCENA PEREIRA PIMENTA HOMENAGEIO TODA A EQUIPE!!

MEUS CAROS ESTUDANTES, EU NÃO PODERIA CONCLUIR SEM DIRIGIR-LHES MINHAS MAIS CARINHOSAS SAUDAÇÕES. TUDO ISTO FOI E ESTÁ SENDO FEITO PARA VOCÊS!! NÓS, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS, SOMOS APENAS OS INSTRUMENTOS DE UM PROCESSO QUE VISA OFERECER-LHES A OPORTUNIDADE DE REALIZAREM OS SEUS SONHOS E DE CONSTRUÍREM UM FUTURO BRILHANTE. O CDSA É DE VOCÊS!!

ESTOU SUMAMENTE FELIZ NESTE MOMENTO, POIS SOU PROFESSOR – CITANDO VIOLETA PARRA – PORQUE ME GUSTÁN LOS ESTUDIANTES!!

MUITO OBRIGADO.

SUMÉ, 19 DE MARÇO DE 2010

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pólo Universitário em Serra Branca


Muito se discute sobre uma possível expansão do campus universitário de Sumé para Serra Branca, através da criação de um Pólo Universitário, aliás, não se discute muito e sim, reivindica-se.

Um espaço propício para esse tipo de discussão é o Fórum Territorial do Cariri, preterido por muitos gestores e principalmente por uma boa parte sociedade civil organizada. Foi nesse espaço - plenárias do fórum - que teve início as discussões para a implantação de campi universitários na região. A quem não participou, restou o apoio às decisões da época.

Atualmente em Serra Branca uma campanha suprapartidária, encabeçada pelo deputado Assis Quintans, usa de todos os meios para buscar o apoio necessário a tal reivindicação: uso excessivo da mídia, audiência pública, carta subscrita por lideranças regionais. Entretanto, até agora não se ouve nenhuma discussão em torno da viabilidade técnico-administrativa do pleito.

Com o objetivo de iniciar a discussão da viabilidade dessa expansão, NoMeuCariri conversou com o Diretor do Campus da UFCG - Sumé, que de forma objetiva traz sua opinião.

Em reunião com o professor Thompson Mariz eu externei o meu posicionamento particular sobre isso. Primeiro eu acho que a reivindicação é justa, quanto mais educação, melhor. Mas a gente tem que refletir sobre algumas coisas: a Região do Cariri foi contemplada com duas universidades públicas, uma estadual e outra federal e ainda um IFET.

Até agora nós não conseguimos consolidar o campus de Sumé. Nós conseguimos 63 vagas para professor e temos 09 nomeados. Nós conseguimos 42 vagas de servidores técnicos administrativos, temos 08 nomeados, ou seja, não conseguimos nem consolidar o
campus de Sumé e já está se falando em pólo.

Acho o conceito de pólo interessante - discuti esta questão com o professor Thompson. Mas acho que a gente não pode agir isoladamente nesse aspecto, inclusive Serra Branca poderia ter trazido a discussão para o Fórum Territorial. Vamos discutir no território pra saber se realmente uma cidade a 30 km de um
campus, necessita de uma outra estrutura. Temos que refletir sobre isso. Será que tem pessoal necessário pra isso? Temos que ter prudência nesse encaminhamento e discutir mais.

SOBRE A CARTA DO CARIRI

Falar em Carta do Cariri assinada só por um município? Acho que é Carta de Serra Branca.
Eu gosto muito do prefeito Eduardo Torreão, respeito muito, mas gostaria de debater isso com mais profundidade. Acho que o momento não é oportuno pra essa discussão, principalmente porque vem aí um ano eleitoral. Fico com medo que essa demanda possa ter algum fundo político partidário, não acredito, mas pode ser.

Eu fico imaginando o seguinte: se a gente atender a essa reivindicação, teremos que atender a todos os municípios do Cariri e mesmo da Paraíba com solicitação semelhante. E são muitas reivindicações tão ou mais legítimas de que a de Serra Branca. Assim, teríamos um cenário absolutamente improvável em que cada município do Estado teria um campus. Teríamos, certamente, problemas de demanda nesse aspecto.

O professor Thompson me pediu pra pensar sobre isso, e nós estamos pensando. Acho que o município tem que refletir um pouquinho mais. Sempre exemplifico: um estudante da UFRJ que mora na Barra da Tijuca, anda 30 km pra estudar na Ilha do Fundão. Então a gente tem que refletir muito bem sobre isso, e principalmente sobre a gestão dos recursos públicos. Se temos um projeto quem nem está consolidado ainda, vamos criar um novo? Monteiro também já tem uma reivindicação, então já seriam dois pólos.

PRIORIDADES DA UFCG

Falei para o professor Thompson que há duas prioridades que antecedem essa discussão, que é a criação dos
campi de Itaporanga e Itabaiana, que estão no Plano de Expansão Institucional da Universidade (PLANEXP) e que foi aprovado no Colegiado Pleno do Conselho Universitário.

Assim, penso que os esforços devem ser canalizados, neste momento, para a viabilização desses dois novos campi, para depois pensarmos na questão dos pólos. Mas, como o professor Thompson me pediu que pensasse nisso, estamos refletindo sobre isso e estamos abertos ao debate. Minha posição particular é essa.

Do Blog No Meu Cariri (http://www.nomeucariri.com)

domingo, 4 de outubro de 2009

Governador instala Campus de Sumé

O governador proferiu a aula inaugural do Campus de Sumé da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

A solenidade aconteceu na noite da segunda-feira (28), no ginásio da Escola Estadual José Gonçalves de Queiroz, naquela cidade do Cariri paraibano. "Está de parabéns o povo de Sumé pela conquista", disse.

A aula inaugural marcou o início das atividades acadêmicas do Campus de Sumé e, para comemorar, o Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA) realiza até a próxima sexta-feira (2 de outubro), o Seminário Integrador 2009 tendo como tema 'Semiárido brasileiro: potencialidades, desafios e estratégias da convivência no século XXI'.

O governador do Estado foi recebido pelo prefeito do município, Francisco Neto, mais o reitor da UFCG, Thompson Mariz; professores universitários, deputados da região, secretário da Educação e Cultura, Sales Gaudêncio; o professor Márcio de Matos, diretor do Centro de Ensino Acadêmico; universitários, prefeitos da região do Cariri e várias outras autoridades. No ginásio, o governador foi aplaudido de pé pelos participantes do seminário.

Investimentos - Na palestra o governador falou sobre o tema 'Potencialidades do Desenvolvimento do Semiárido", onde falou dos investimentos que o Governo do Estado vem realizando naquela região. A Educação como prioridade, a caprinocultura, a instalação da usina de leite em pó no Cariri, aumento da capacidade de atendimento no setor de abastecimento dágua, além da área de saúde.

Durante a aula inaugural, ele falou da satisfação em participar da solenidade de instalação do Campus de Sumé, principalmente por ter sido o autor da emenda de R$ 17 milhões, consignada no orçamento da República, para a implantação do ensino superior na região do Cariri paraibano.

O Campus de Sumé funcionará com os cursos de Ciências Sociais, Educação do Campo, Engenharia de biossistemas, Engenharia de Biotecologia e Bioprocessos, Engenharia de Produção, Tecnologia em Agroecologia e Tecnologia em Gestão Pública.

Relato de vida - Emocionado, o prefeito Francisco Duarte da Silva Neto, agradeceu o empenho do governador que na época exercia o cargo de senador e conseguiu emenda para a instalação do Campus de Sumé.

Ele também fez menção ao trabalho do reitor Thompson Mariz.'Doutor Neto', como é conhecido, disse ainda que se não fosse a decisão corajosa do reitor e empenho do então senador destinar os recursos, não seria possível a instalação do Campus.

Cardoso Filho (Secom-PB)

http://auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=28706&Itemid=74

Prefeito de Sumé e Governador José Maranhão são destaques da aula inaugural da UFCG-Campus Sumé

O prefeito doutor Neto foi bastante aplaudido e elogiado na noite desta segunda-feira (28), na quadra do Colégio Estadual, durante aula inaugural da Universidade Federal de Campina Grande-Campus Sumé. Durante os discursos das autoridades que estavam presentes no evento, todos os palestrantes fizeram questão de lembrar a luta do prefeito doutor Neto em prol da instalação do Campus.

O diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido, Márcio Caniello, que declarou aberto o início do ano letivo no campus, fez menções à parceria que a UFCG tem mantido com a Prefeitura Municipal de Sumé no processo de instalação do campus. “Sem a parceria da Prefeitura de Sumé a Universidade não estaria iniciando o ano letivo nessa oportunidade”, disse.

O prefeito doutor Neto relembrou que com a instalação da Universidade Camponesa, na Escola Agrícola de Sumé, iniciou-se o processo de busca e implantação da UFCG no município. O prefeito doutor Neto agradeceu ao reitor Tompsom Mariz pela luta em favor da vinda da universidade para Sumé e ressaltou os recursos, na ordem de R$ 17 milhões, que foram destinados pelo então Senador José Maranhão, quando Presidente da Comissão de Orçamentos do Governo Federal, para a implantação do Campus-Sumé.

O reitor Tompson Mariz, relembrando o processo de luta pela universidade, falou do consenso entre os prefeitos da região para a escolha do município de Sumé. “Houve um consenso de que a instituição deveria ficar no município, até por causa da implantação da Universidade Camponesa na Escola Agrotécnica, aliás, a Escola Agrotécnica de Sumé é a única, dentre as 100 escolas instaladas no Estado, que continua funcionando de forma competente”, disse.

O governador José Maranhão convidado para ser o palestrante da noite, dirigiu-se para uma platéia de dezenas de pessoas que estavam presentes no local destacando o esforço da população sumeense pelo objetivo alcançado. O governador também falou da conclusão de projetos sociais de seu governo, como abastecimentos d’água, esgotamentos sanitários, escolas, estradas e apoio à caprinoovinocultura. O governador anunciou investimentos em programas de piscicultura e saúde pública, como a conclusão de obras hospitalares em todo o Estado.

Antes de declarar encerrado o evento o reitor Tompson Mariz pediu a todos os que estavam presentes que ficassem de pé para prestar uma homenagem ao prefeito doutor Neto, considerado, nas palavras do próprio reitor, como a pessoa que foi de fundamental importância para a concretização do Campus de Sumé.

Andréa Duarte - Ascom Prefeitura de Sumé

http://www.sume.pb.gov.br/colunistas.php?col=noticias&id=115

terça-feira, 29 de setembro de 2009

UFCG dá início às atividades do campus de Sumé

Aula Magna foi proferida pelo governador José Maranhão


“Embora seja o mais recente campus criado pelo Projeto de Expansão da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), simboliza a retomada da disseminação das universidades paraibanas”, comentou o reitor Thompson Mariz, antes de seguir para Sumé para dar início às atividades acadêmicas do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA), nessa segunda-feira, 28.


“Foi, a partir do nosso campus avançado, a Universidade Camponesa (Unicampo), que elaboramos o nosso Plano de Expansão – resultando em três novos campi situados em zonas de exclusão de ensino superior - o que despertou as outras universidades a ampliarem suas ações rumo ao interior do estado”.


“Criados bem antes, os campi de Cuité e Pombal são frutos da experiência da Unicampo, que se fortaleceu com a interação com a sociedade, ouvindo os movimentos sociais e as representações de classes e os povos do Cariri”, registrou Mariz, dizendo que a criação do campus de Sumé traz, também, a marca da união dos parlamentares paraibanos.


À noite, o governador José Maranhão proferiu a Aula Magna sobre as Potencialidades do Desenvolvimento do Semiárido.


Seminário integrador


Até a próxima sexta-feira, dia 2, o CDSA realiza um seminário para integrar a comunidade acadêmica e as representações sociais da região. Com a temática Semiárido Brasileiro: Potencialidades, Desafios e Estratégias da Convivência no Século XXI, o evento teve início na tarde desta segunda, 28, com reuniões entre os coordenadores de curso e alunos.


“Vamos começar nossas atividades promovendo uma discussão sobre as concepções do Semiárido. Refletindo sobre esses paradigmas, encontraremos os sinais que nos levarão a promover um novo tempo”, explicou o diretor do CDSA, Márcio Caniello, ressaltando que é preciso repensar as praticas políticas e sociais desenvolvidas na região para o surgimento de novas perspectivas de sustentabilidade.


Na programação, além dos debates, exposições e apresentações culturais com artistas e grupos folclóricos.


(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)

http://www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/assessoria_imprensa/mostra_noticia.php?codigo=9415