terça-feira, 8 de junho de 2010

Crescimento do PIB no 1º trimestre é o maior desde 1996, diz IBGE


Há quase três décadas o país não dava uma arrancada tão espetacular. Puxado pelos robustos saltos da indústria, pelo aumento dos investimentos e pela manutenção do intenso ritmo do consumo das famílias, os números do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao primeiro trimestre do ano mostram que o Brasil não só deixou a recessão para trás como deu o primeiro grande passo para consolidar em 2010 uma expansão próxima a 7%.

Crescimento do PIB no 1º trimestre é o maior desde 1996, diz IBGE

A economia brasileira cresceu 2,7% no primeiro trimestre deste ano, ante o trimestre anterior com ajuste sazonal, e 9% com relação ao mesmo período de 2009, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Segundo a gerente de contas Rebecca Pales, é a maior alta na comparação com o trimestre anterior desde 1996.

A soma das riquezas geradas no País, o chamado Produto Interno Bruto (PIB), alcançou R$ 826,4 bilhões nos primeiros três meses do ano. No acumulado dos quatro últimos trimestres o PIB avançou 2,4%.

"Olhando pela produção e demanda, todos cresceram. A indústria cresceu mais, ela que teve maior queda, nesse cenário foi a que mais cresceu. O consumo das famílias desacelerou, mas não chegou a ser negativo na crise. Ele cresceu 9,3%, a mesma taxa do terceiro trimestre de 2008, antes de todos os problemas da economia com o Lehman Brothers", afirmou Rebecca.

A indústria foi destaque de alta, com 4,2% ante o quarto trimestre de 2009 e 14,6% frente ao mesmo período do ano passado. A agropecuária cresceu 2,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 5,1% na comparação anual. O setor de serviços se expandiu, respectivamente, 1,9% e 5,9%.

A formação bruta de capital fixo - uma medida dos investimentos - avançou 7,4% na comparação trimestral e 26% na anual (maior ritmo da série), influenciado principalmente pela produção interna de máquinas e equipamentos.

O resultado mostra que a retomada da economia nacional ficou mais consistente a partir de meados de 2009, quando o Brasil superou a fase mais aguda da crise financeira internacional deflagrada em setembro de 2008.

Depois de entrar em recessão técnica em 2009, ao ficar dois trimestres seguidos no vermelho, a trajetória voltou ao terreno positivo e vem se mantendo desde então. A alta do PIB no primeiro trimestre de 2010 ameniza em parte o PIB negativo de 2009, que teve dois trimestres positivos e dois negativos, fechando em -0,2%.A expectativa para 2010 é a de crescimento forte, com as projeções que começaram em 5% já ultrapassando 6,5% em maio deste ano.

sábado, 5 de junho de 2010

Deu no El País: Reservas internacionais aumentaram mais de 600% no Governo Lula


Para um dos mais respeitados jornais do Mundo, o espanhol El Pais, o recorde das reservas internacionais do Brasil, que nunca antes na história deste país atingiram 250 bilhões de dólares, deveu-se à política de compra de reservas do Governo Lula e não a qualquer "herança da política econômica de FHC" como proclama ainda a nossa mídia venal e como insistem alguns menos informados.

O jornal completa: "Quando Lula chegou ao poder as reservas eram de apenas 40 bilhões de dólares, seis vezes menos do que hoje".

Deu no EL PAIS.com

Internacional

Nuevo record histórico en las reservas internacionales de Brasil
La cifra asciende a 250.000 millones de dólares, un 25% superior a la del año pasado
JUAN ARIAS | Río de Janeiro 03/06/2010

Si la economía es lo que cuenta a la hora de votar, no le será difícil al presidente Luiz Inácio Lula da Silva convencer a los brasileños para que voten por su candidata, la ex guerrillera, Dilma Rousseff. Hoy mismo ha sido comunicado oficialmente que las reservas internacionales brasileñas han alcanzado un nuevo record: 250.000 millones de dólares, una cantidad un 25% superior a la del año pasado.

Lula, a los inversores: “Brasil ha aprendido a ser serio. Y es un camino sin retorno”

La transformación de Dilma Rousseff

Según el ministro de Economía, Guido Mantega, la reserva blinda al país contra todo tipo de posibles crisis internacionales, como se demostró en el último tsunami que hizo tambalearse a las economías del mundo y que en Brasil prácticamente pasó de largo.

Casi el 90% de esas reservas internacionales están aplicadas en títulos del Gobierno americano, en diferentes bancos extranjeros y en el Fondo Monetario Internacional (FMI).

Según los analistas, los 250.000 millones de dólares de reservas internacionales son más que suficientes para hacer frente a todos los compromisos externos del país, lo que hace que la economía de Brasil sea hoy acreedora en vez de deudora, en relación a otros paises.

La política de compra de reservas comenzó en 2004, durante el primer Gobierno de Lula, pero fue ganando fuerza en los últimos tres años debido al aumento del flujo de dólares en el país. Cuando Lula llegó al poder las reservas eran sólo de 40.000 millones de dólares, seis veces menores que hoy.

La oposición critica, sin embargo, que los ejecutivos de Lula han mantenido los intereses más altos del mundo, lo que, si por una parte ha hecho que ingentes cantidades de dólares entrasen en el país, al mismo tiempo han podido ser un freno para el crecimiento de la industria, así como la sobrevalorización del dólar han podido dañar a las exportaciones.

Lo que los ciudadanos de a pie notan, no obstante, es que Brasil es hoy un país estable, seguro para invertir, con todas las cartas en regla para hacer frente a sus compromisos externos y blindado para las nuevas crisis que puedan llegar de más allá del Atlántico.